Manaus, 2 de maio de 2024
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Esportes

Justiça de Barcelona marca julgamento de Daniel Alves por estupro

Denunciado por suspeita de agredir sexualmente mulher em uma boate, em dezembro de 2022, o craque brasileiro está preso desde janeiro.

Justiça de Barcelona marca julgamento de Daniel Alves por estupro

A esquerda a única imagem feita de Daniel Alves desde que foi preso, em uma audiência. Foto: Reprodução

Barcelona (ESP) A Justiça de Barcelona anunciou que o julgamento de Daniel Alves, que acontecerá entre os dias 5 e 7 de fevereiro de 2024. Em dezembro de 2022, uma mulher acusou o ex-jogador da seleção brasileira de agressão sexual dentro de uma boate em Barcelona. Daniel Alves está preso desde o dia 20 de janeiro.

A defesa da vítima pediu à Justiça da Espanha a condenação por 12 anos de prisão ao ex-jogador do Barcelona e da seleção brasileira. Já o Ministério Público da Espanha sugeriu 9 anos de prisão. Esta é a pena máxima prevista para esse tipo de crime no país. A defesa também exige uma indenização de 150 mil euros (cerca de R$ 800 mil) por sequelas físicas e psicológicas.

No início de dezembro, a advogada da vítima, Ester García, recusou o acordo proposto pela defesa de Daniel Alves e reiterou que “qualquer delito contra a liberdade sexual torna os danos morais e as sequelas irreparáveis”.

Todavia a defesa da vítima também pediu uma medida protetiva impedindo que Daniel Alves se aproxime da moça por menos de um quilômetro durante 10 anos após o jogador cumprir sua pena. O documento entregue à Justiça inclui ainda a requisição de que o brasileiro tenha a liberdade vigiada depois que saia da prisão.

Após o término das investigações, convocaram as partes do caso para um “julgamento oral” (imagem à esquerda da foto), uma etapa prévia ao julgamento, marcada para o dia 17 de abril. A saber, o Ministério Público pediu a prisão de nove anos de Alves aquela época.

Por fim, diante da falta de um acordo, a Justiça da Espanha deve agendar o julgamento em breve. Cabe ressaltar por conseguinte que casos que envolvem crimes sexuais não preveem júri popular no país.

Acusação contra Daniel Alves

Nos primeiros dias após a prisão do jogador, os principais jornais da Espanha – como El País e El Mundo, de Madri, e El Periódico de Barcelona – publicaram trechos do depoimento prestado à Justiça pela mulher que acusa Daniel Alves de estupro. O jogador está em prisão preventiva sem direito a fiança. Daniel Alves nega a prática do crime do qual é acusado.

De acordo com os relatos publicados pela imprensa espanhola, a vítima contou no depoimento que no dia 30 de dezembro de 2022 estava na boate Sutton, em Barcelona, quando o grupo do qual fazia parte recebeu um convite para entrar numa área VIP. Um garçom as levou até uma mesa onde estava Daniel Alves, a quem a vítima inicialmente não reconheceu. Um grupo de mexicanos, amigos do jogador, o apresentou à denunciante.

Segundo os jornais, a vítima relatou à Justiça que ela e Daniel Alves dançaram juntos até que o jogador “levou várias vezes a mão dela até seu pênis, que ela retirou assustada”. Por volta das 4h30 da madrugada, ele pediu a ela para segui-lo até uma porta. Assim que entraram, ela se deu conta que estava num banheiro. Ali teria ocorrido o crime.

Sempre de acordo com o depoimento da denunciante, ela teria tentado sair do banheiro, mas foi impedida. Daniel Alves a teria penetrado de maneira violenta até ejacular. Ele teria sido o primeiro a deixar o banheiro. Quando ela saiu, contou o que aconteceu a uma amiga.

Em suma, quando a segurança do local foi informada, o lateral já tinha deixado a boate. Nesse hiato a vítima foi imediatamente fazer exames em um hospital. Dois dias depois, ela fez a denúncia à polícia. Em suma o DNA de Daniel Alves foi encontrado nos testes feitos pela moça. Desde o início, a juíza do caso afirma que “há provas suficientes” para a condenação do jogador.

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