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Justiça dos EUA condena quatro milicianos pelos ataques ao Capitólio

O grupo de extrema-direita Proud Boys é um dos articuladores da tentativa de golpe contra o resultado das eleições no EUA

Justiça dos EUA condena quatro milicianos pelos ataques ao Capitólio

Multidão invade a sede do poder americano em 6 de janeiro de 2021 (Foto: Reprodução/ YouTube)

Washington, DC (EUA) – Quatro membros do grupo extremista de direita Proud Boys foram condenados nesta quinta-feira (4) por conspiração sediciosa – o mesmo que atos para derrubar, destruir, apreender a propriedade ou declarar guerra contra o governo, ou impedir a execução de qualquer lei do país – nos Estados Unidos.

O grupo supremacista conspirava para manter o ex-presidente Donald Trump no poder após sua derrota nas eleições e foi um dos responsáveis pelos atos de vandalismo ao Capitólio, o centro do poder do Estado americano, em 6 de janeiro de 2021, inspiração para o 8 de janeiro de 2023 em Brasília.

Somente nas acusações de conspiração, os homens podem enfrentar um máximo de quase 50 anos de prisão. E eles foram considerados culpados de outros crimes também.

Os veredictos

Após sete dias de deliberações do Tribunal Distrital Federal em Washington, Ethan Nordean, Joseph Biggs, Zachary Rehl, Enrique Tarrio, suspeitos dos crimes de conspiração, de obstrução à votação no Colégio Eleitoral e de manipulação de provas foram acusados de sedição. Dominic Pezzola, outro suspeito, não foi condenado pelo crime; mas vai responder por outros também considerados graves.

Todos os cinco réus foram condenados por uma terceira acusação de conspiração, que os acusou de interferir com os deveres dos membros do Congresso naquele dia.

Eles disseram ao júri que os réus e outros do grupo se recusaram a aceitar a vitória de Joseph Biden e que, agindo como “o exército de Donald Trump”, se organizaram e lutaram “para manter seu líder preferido no poder, não o que a lei ou os tribunais tinham a dizer sobre isso”.

Outros casos

O julgamento encerrado nesta quinta-feira foi o último de três casos de sedição que os promotores federais apresentaram contra figuras-chave no ataque ao Capitólio. Os outros dois julgamentos tiveram como réus nove membros de outro grupo de extrema-direita, a milícia Oath Keepers. 

Dos nove, seis foram condenados por sedição, incluindo Stewart Rhodes fundador do grupo miliciano de extrema direita Oath Keepers, devido às suas ações antes e no dia do ataque de 6 de janeiro. Os que não foram condenados por sedição foram culpados de diferentes crimes graves.

Proud Boys

Os Proud Boys (Garotos Orgulhosos em tradução livre) – que lutavam nas ruas desde 2017 por uma série de causas de extrema direita – se tornaram o foco central da investigação do FBI em 6 de janeiro poucos dias após o ataque. 

Os réus foram levados sob custódia em uma série de prisões a partir de janeiro de 2021. Mais de 20 outros membros do grupo de capítulos que vão de Nova York ao Havaí foram acusados ​​​​em casos separados em conexão com o ataque ao Capitólio.

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