Manaus, 5 de maio de 2024
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Justiça manda retirar filme de Danilo Gentili e Porchat por apologia à pedofilia

Danilo Gentili, autor da obra, se posicionou sobre o 'cancelamento' e disse que a patrulha veio de todos os lados

Justiça manda retirar filme de Danilo Gentili e Porchat por apologia à pedofilia

Foto reprodução

O filme ‘Como se tornar o pior aluno da escola’ ganhou destaque negativo nas redes após a repercussão da cena de pedofilia estrelada por Fábio Porchat. O Ministério da Justiça determinou a retirada do longa de Danilo Gentili das plataformas de streaming com multa diária de R$ 50 mil.

A produção, de 2017, baseada em um livro do comediante Danilo Gentili, tem sofrido fortes ataques, principalmente de partidários da direita conservadora, na qual acusam o filme de apologia à pedofilia e a atos ilícitos para menores de idade.

Na cena, Cristiano (Fábio Porchat) pede para ser masturbado pelos protagonistas, que são interpretados pelos adolescentes Bruno Munhoz e Daniel Pimentel, e coloca a mão de um dos adolescentes em seu órgão sexual.

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Vários políticos se posicionaram nas redes sociais cobrando a postura da plataforma de streaming e também pediram a remoção do filme das grades.

Danilo Gentili se manifestou sobre o caso em seu perfil do Twitter e disse que o ‘patrulhamento’ veio forte dos dois lados.

“O maior orgulho que tenho na minha carreira é que consegui desagradar com a mesma intensidade tanto petista quanto bolsonarista. Os chiliques, o falso moralismo e o patrulhamento vieram forte contra mim dos dois lados. Nenhum comediante desagradou tanto quanto eu. Sigo rindo”, disse o comediante.

Porchat enviou um texto ao jornal O Globo se posicionando sobre o caso.

“Quando o vilão faz coisas horríveis no filme, isso não é apologia ou incentivo àquilo que ele pratica, isso é o mundo perverso daquele personagem sendo revelado. Às vezes é duro de assistir, verdade. Quanto mais bárbaro o ato, mais repugnante. Agora, imagina se por conta disso não pudéssemos mais mostrar nas telas cenas fortes como tráfico de drogas e assassinatos? Não teríamos o excepcional Cidade de Deus? Ou tráfico de crianças em Central do Brasil? Ou a hipocrisia humana em O Auto da Compadecida. Mas ainda bem que é ficção, né? Tudo mentirinha”, disse o ator e apresentador.