Justiça suspende salários de policiais réus por chacina em Manaus

(Foto: PMAM/Reprodução)

Manaus (AM) – Os 14 policiais militares acusados dos homicídios de quatro pessoas em 2022, que ficou conhecido como “chacina do ramal Asa Branca”, tiveram os salários suspensos por determinação da Justiça do Amazonas. Todos irão a júri popular.

Na decisão, o juiz Lucas Couto Bezerra, da 2ª Vara do Tribunal do Júri, também ordenou o recolhimento dos armamentos e materiais bélicos institucionais, das carteiras de identidade dos policiais militares, dos fardamentos militares, a suspensão dos portes de armas institucionais, bloqueio e cancelamento de Serviço Extra Gratificado.

Conforme o juiz, a suspensão é devido os militares não estarem “exercendo a função militar, nem de natureza ou interesse militar, em razão do afastamento do serviço ativo da Polícia Militar do Amazonas”.

A medida foi publicada no Diário Oficial do Amazonas na segunda-feira (21) e assinada pelo comandante-geral da Polícia Militar do Amazonas, Marcos Klinger dos Santos Paiva, atendendo a determinação da Justiça. Na publicação, são citados os nomes dos 14 policiais:

Tenente

Thiago Silva Paz de Almeida.

Sargento

Charlys Mayzanyel da Ressurreição Braga;

Jonan Costa de Sena;

Raimundo Nonato do Nascimento Torquato.

Policial

Charly Mota Fernandes;

Tharle Coelho Mendes Bruce;

Diego Bentes Bruce.

Cabo

Jose Vandro Carioca Franco;

Stanley Ferreira Cavalcante;

Anderson Pereira de Souza;

Maykon Horara Feitoza Monteiro.

Soldado

Weverton Lucas Souza de Oliveira;

Marcos Miller Jordão dos Santos;

Dionathan Sarailton de Oliveira Costa.

Caso Asa Branca

Os corpos do casal Valéria Luciana Pacheco da Silva, de 22 anos, e Alexandre do Nascimento Melo, de 29, foram foram encontrados no dia 21 de dezembro de 2022, no ramal Asa Branca. No mesmo local, foram encontrados os corpos dos irmãos Diego Máxino Gemaque e Lilian Daiane Máxino Gemaque.

Os quatro amigos tinham sido abordados por policiais da Rocam na noite anterior e levados para a área de mata onde teriam sido torturados e assassinados pelos policiais.

A abordagem foi filmada por um morador e as viaturas flagradas por câmeras de segurança escoltando o carro onde as vítimas estavam.

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