Manaus, 30 de abril de 2024
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Política

Lula cogita abrir mão de cotas pessoais para atender Centrão, dizem aliados

Mudanças pontuais em alguns ministérios são esperadas para ocorrer logo depois do recesso do legislativo.

Lula cogita abrir mão de cotas pessoais para atender Centrão, dizem aliados

(Foto: Ricardo Stuckert/PR)

Brasília (DF) – Com a necessidade de fortalecimento de uma base consolidada no Congresso Nacional, o trabalho de aproximação de siglas robustas, como PP e Republicanos, está no foco do governo.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já indicou para auxiliares e líderes partidários que aceita fazer modificações na Esplanada dos Ministérios para contemplar partidos.

Lula, no entanto, refuta a possibilidade de entregar pastas prioritárias para os partidos do Centrão. Em vez disso, o presidente discute com auxiliares a possibilidade entregar postos que hoje estão sendo ocupados por pessoas de confiança, mas sem relação partidária.

Nesse movimento, uma das pastas que poderia entrar na negociação é a de Ciência e Tecnologia, hoje ocupada pela presidente do PCdoB, Luciana Santos.

A mudança levaria a líder do Partido Comunista para o ministério da Mulher, ocupado por Cida Gonçalves, integrante do PT, mas ministra da “cota pessoal” do presidente.

Ministérios do Esporte e do Desenvolvimento Social

Ana Moser, do ministério do Esporte, é outra escolha pessoal do presidente Lula que pode perder o posto de ministra.

A pasta dela ganha mais força com a possibilidade de gestão da verba que pode ser arrecadada a partir da aprovação do projeto de lei que tenta regulamentar as apostas esportivas no Brasil.

A troca no Esporte contemplaria o deputado Silvio Costa Filho (Republicanos-PE).

Já Moser seria deslocada para a presidência do Comitê Olímpico do Brasil (COB), cargo eletivo, que ocuparia até a realização dos Jogos Olímpicos de Paris, em 2024.

Integrantes da Câmara dos Deputados ouvidos pela CNN, no entanto, avaliam que a substituição de Moser perdeu força nas últimas semanas e saiu da lista de prioridades na reforma ministerial.

O PT, partido do presidente, tem se movimentado para evitar que a sigla fique com um número menor de representantes na Esplanada.

Para evitar o incômodo, Lula já sinalizou aos aliados que, em caso de mudança, integrantes do partido não seriam descartados, mas remanejados.

A possibilidade chegou ser cogitada para Wellington Dias (PT-PI), ministro do Desenvolvimento Social.

Lula, entretanto, descartou entregar o ministério responsável pelo Bolsa Família para algum partido do Centrão.

Nesta semana, o governo chancelou a substituição no Ministério do Turismo de Daniela Carneiro por Celso Sabino, dois nomes no União Brasil.

Novas alterações, segundo integrantes do Planalto, só devem acontecer em agosto, com o fim do recesso parlamentar e a retomada de votações importantes para o governo no Congresso.

(*) Com informações da CNN

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