SÃO PAULO, SP – Possíveis adversários do presidente Jair Messias Bolsonaro (sem partido) nas urnas em 2022, o ex-presidente do Brasil, Luís Inácio Lula da Silva (PT) e o governo de São Paulo, João Doria (PSDB) se posicionaram contra a presença de tanques nas ruas de Brasília, na manhã desta terça-feira (10).
No Twitter, Lula escreveu uma tread criticando o ato e disse que se militar quiser fazer política tem que se afastar do cargo e se candidatar. “Não tem carta pra conversar com militares. Se tivesse carta seria para o povo brasileiro e dentro disso estão os militares. Se militar quiser fazer política ele renuncia o cargo, tira a farda e se candidata. Não tem problema.”
Lula prosseguiu dizendo que o presidente Bolsonaro trata as Forças Armadas como se fosse um objeto particular dele, “um brinquedo”, e, que a presença dos tanques nas ruas de Brasília foi “patético”. ” Já fui chefe das Forças Armadas, eles sabem como tem que se comportar. Cuidando da nossa soberania, dentro da Constituição. O Bolsonaro se comporta como se as Forças Armadas fosse um objeto particular dele, como se fosse um brinquedo. Isso que aconteceu hoje foi uma coisa patética. Se o Bolsonaro queria uma foto com militar era só ter visitado um quartel”, finaliza.
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Já o governador João Doria, disse que o desfile com tanques das Forças Armadas, além de desnecessário, foi um ato que ameaça a democracia. Doria vai além em sua crítica e fala que a iniciativa beira um flerte com o autoritarismo.
“O inédito e desnecessário desfile de tanques de guerra na Praça dos Três Poderes é uma clara ameaça à democracia. E tem o repúdio dos brasileiros de bem. A iniciativa é mais um flerte com o autoritarismo. O Brasil quer democracia, respeito à constituição e liberdade”, disse o governador de SP.
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