Manaus, 5 de maio de 2024
×
Manaus, 5 de maio de 2024

Cenário

Lula e políticos do AM lamentam morte do cientista Ennio Candotti

O físico ítalo-brasileiro Ennio Candotti foi por quatro vezes presidente da SBPC e fundador e diretor do Museu da Amazônia (Musa).

Lula e políticos do AM lamentam morte do cientista Ennio Candotti

(Foto: Insta/Anne Moura/Aleam)

Manaus (AM) – A morte do físico Ennio Candotti, diretor-geral do Museu da Amazônia (Musa), nessa (6), foi lamentada por diversos políticos, entre eles, o presidente Lula (PT). Ele lembrou que Ennio foi presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) por quatro mandatos e mais recentemente era diretor do Museu da Amazônia.

“Sempre foi comprometido com o desenvolvimento cientifico brasileiro e a preservação do meio ambiente. Aos seus familiares, seus amigos e alunos minha solidariedade neste momento de tristeza e saudade”, postou Lula no Twitter.

Serafim Correa (PSB) também fez uma publicação. Ele disse que o professor Ennio era um cientista de nome nacional que dedicou a vida inteira à ciência e à tecnologia. “Nos últimos anos, dedicou-se exclusivamente à Amazônia. Presidia o Museu da Amazônia (MUSA), que é a Manaus que Manaus não conhece. Nas fotos, o merecido título de Cidadão do Amazonas durante sessão especial em 2019, projeto de minha autoria, aprovado por unanimidade pela casa legislativa. Meus sentimentos à família.”

O senador Eduardo Braga (MDB) disse que o físico era italiano de nascença, mas “amazônida de coração”.

“Em 2007, durante reunião anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, ele, como presidente da SBPC, sugeriu a mim, como governador do Amazonas, a criação de um museu na floresta, o Musa, onde as coleções e os objetos expostos seriam os próprios insetos e plantas vivas que nascem, crescem e se multiplicam na floresta. No ano seguinte, conseguimos realizar o sonho, em 100 hectares da reserva Ducke. Era sua paixão e é a minha também. Seu legado precisa ser perene!”

O Psol-AM divulgou nota afirmando que Ennio Candotti é um dos mais importantes cientistas brasileiros de todos os tempos.

“Candotti contribuiu, ao longo de muitos anos, também com a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), fazendo da ciência brasileira uma de suas maiores paixões em sua trajetória. Foi também um democrata cuja voz jamais se calou sempre que a tirania ousou atacar os direitos e a cidadania da população brasileira.”

Ativismo político e científico

A SBPC divulgou nota nesta quinta-feira (7) lembrando que, nos anos 1970, Candotti foi uma importante figura contra as políticas nucleares do Governo Geisel (1974-1979). Por conta de seu ativismo político e científico, conheceu a SBPC. Foi a única pessoa a ser eleita quatro vezes para presidir a SBPC, com mandatos exercidos entre os anos de 1989 e 2007. Apaixonado pela Amazônia, sempre defendeu que o Brasil nunca será uma nação desenvolvida se não colocar a preservação ambiental como uma de suas prioridades.

“A perda de Ennio Candotti é um choque tremendo para todos nós. Ennio se destacou no começo dos anos 1990 quando, presidente pela primeira vez da SBPC, conduziu a comunidade científica na luta pelo impeachment de um presidente acusado de corrupção. Mais tarde, em 2003, foi novamente eleito para dirigir nossa sociedade. Seu papel na luta pela educação e divulgação científica foi notável, deixando como outro legado a revista Ciência Hoje e um sem -número de projetos e iniciativas que sempre prestigiou”, disse o presidente da SBPC, Renato Janine Ribeiro.

O físico ítalo-brasileiro e fundador e diretor do Museu da Amazônia (Musa), Ennio Candotti, morreu nessa quarta-feira, aos 81 anos de idade. O velório será realizado nesta sexta-feira (8), no Musa, de 9h às 15h. O museu, que fica em Manaus, permanecerá fechado a partir desta quinta-feira (7), sem data para reabertura.

LEIA MAIS: