RIO DE JANEIRO – Durante o último debate entre presidenciáveis, nesta nexta-feira (28), um dos temas de destaque foi o aborto. A discussão sobre o assunto começou quando o candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) resgatou uma fala de Jair Bolsonaro (PL) em que ele defendeu, em meados de 2000, a pílula do aborto.
“Não adianta uma multidão de brasileiros subnutridos, sem condições de servir ao seu País”, disse Bolsonaro na época em que era deputado, sugerindo pílulas de aborto para a população. O atual presidente admite sua fala, mas afirma que mudou de opinião.
No debate de hoje, o presidente pediu que o petista não confunda pílula do dia seguinte com remédios abortivos. Ele destacou que foi uma fala de anos atrás e alegou que pessoas podem mudar seus posicionamentos.
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“Eu posso mudar. Agora você, há poucos dias, falou claramente que aborto é uma questão de saúde pública! Que as madames iam fazer aborto lá fora. Aqui dentro as mulheres faziam outras coisas. Você é abortista, Lula. Você é abortista convicto”, rebateu o presidente.
Em abril deste ano, Lula defendeu abertamente a legalização do aborto, em debate promovido pela Fundação Perseu Abramo e pela entidade alemã Fundação Friedrich Ebert, em São Paulo. Para o petista, o aborto deveria ser uma “questão de saúde pública”, já que “escancara as desigualdades sociais da sociedade brasileira”.
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