Belém (PA) – A viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a Belém, no Pará, garante novos desdobramentos políticos, pois, Lula terá um encontro reservado com o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro. A informação foi confirmada pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom).
O encontro deverá ocorrer no hotel em que Lula está hospedado em Belém, que sedia nesta semana o encontro de presidentes dos países amazônicos na Cúpula da Amazônia. Ainda não há, porém, data e horário do encontro.
Esta será a segunda vez neste ano que Maduro vem ao Brasil. Ele esteve em Brasília nos dias 29 e 30 de junho para a Cúpula dos presidentes da América do Sul.
O presidente também terá agendas bilaterais com a presidente do Peru, Dina Boluarte, e da Bolívia, Luis Arce. O presidente também encontrará os chefes de estado do Congo.
Lula chega a Belém no começo da tarde vindo de Santarém, onde cumpre agenda com o governador do Pará, Helder Barbalho. Em Belém ele também se reúne com a Secretária-Geral da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA), María Alexandra Moreira López.
COP28
Além dessas agendas políticas, Lula se encontra com o presidente da COP28, Sultan Ahmed Al Jaber, que também comanda a estatal petroleira dos Emirados Árabes Unidos, a National Oil Company.
O sultão também é ministro da indústria e tecnologia do seu país, além de enviado climático dos Emirados Árabes Unidos.
Al Jaber, porém, é entusiasta do setor petroquímico e o anúncio de que seria o presidente da COP 28 em janeiro gerou polêmica, já que ambientalistas debatem em todo o mundo um modelo de transição energética de combustíveis fósseis para outros ambientalmente sustentáveis.
Tanto que há pressão dos Estados Unidos e da Europa para que ele deixe o posto na COP.
Em maio, parlamentares do Congresso norte-americano e do Parlamento Europeu enviaram uma carta ao presidente dos EUA, Joe Biden, à presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e às Nações Unidas, dizendo terem “profunda preocupação” de que os poluidores do setor privado possam “exercer influência indevida” nas negociações climáticas da COP28, que ocorre neste ano em Dubai.
Em janeiro, o sultão havia defendido limitar o aumento global das temperaturas a 1,5 °C “sem retardar o crescimento econômico”.
(*) Com informações da CNN
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