Manaus, 7 de dezembro de 2024
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Cenário

Maioria da bancada do Amazonas em Brasília ignora data da Proclamação da República e curte ‘folga’

Dos 11 parlamentares que compõem o Congresso Nacional em Brasília não publicaram sobre o assunto: Eduardo Braga, Átila Lins, Sidney Leite, Adail Filho, Saullo Vianna, Fausto Júnior, Alberto Neto e Amom Mandel.

Maioria da bancada do Amazonas em Brasília ignora data da Proclamação da República e curte ‘folga’

Ilustração: Hector MS Silva/ Amazonas1

Manaus (AM) – Dos onze parlamentares que compõem o Congresso Nacional em Brasília, apenas dois senadores e um deputado federal usaram as redes sociais para destacar a importância da Proclamação da República. Fizeram publicações em suas redes sociais apenas os senadores Omar Aziz (PSD) e Plínio Valério (PSDB) e o deputado federal Silas Câmara (Republicanos). Nada falaram sobre o assunto o senador Eduardo Braga (MDB) e os deputados Saullo Vianna (UB), Fausto Júnior (UB), Átila Lins (PSD), Sidney Leite (PSD), Alberto Neto (PL), Adail Filho (Republicanos) e Amom Mandel (Cidadania).

A Proclamação da República é a data que marca o fim da monarquia no Brasil e uma série de transformações políticas pelas quais o país passou. O dia 15 de novembro é o Dia da Proclamação da República, feriado nacional do Brasil, que celebra a transição do governo monárquico para o regime presidencialista, em 1889.

Apesar de muitos historiadores entenderem a data como um momento histórico e importante para a história do Brasil, há quem afirme que a Proclamação da República foi um golpe contra a família real. Hoje, mais de 120 anos depois, o tema ainda suscita debates: enquanto diversos historiadores apontam a importância da chegada da República ao Brasil, apesar de suas incoerências e dificuldades, um movimento que ganhou força nos últimos anos – principalmente nas redes sociais – ainda a contesta.

“A proclamação foi um golpe de uma minoria escravocrata aliada aos grandes latifundiários, aos militares, a segmentos da Igreja e da maçonaria. O que é fato notório é que foi um golpe ilegítimo”, disse à BBC News Brasil o empresário Luiz Philippe de Orleans e Bragança, tataraneto de D. Pedro 2º, o último imperador brasileiro, e militante do movimento de direita Acorda Brasil.

O historiador na Amazônia Ramon Nere de Lima destaca que, ainda assim, esta é uma data de grande importância para o Estado Democrático de Direito e por isso feriado de Proclamação da República. “A Proclamação da República foi mais uma manobra política de um grupo de elites que buscava maior representação. Não se trata tanto de um motim popular e não aconteceu da noite para o dia. Mas foi um movimento de grande importância.” destacou.

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