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Brasil

Mais de 156 mil denúncias de crimes on-line foram registradas em 2020

Registros de crimes on-line aumentaram durante a pandemia; foram 156.692 denúncias, entre janeiro e dezembro de 2020, de acordo com os dados da Central

Mais de 156 mil denúncias de crimes on-line foram registradas em 2020

Foto: Reprodução/PIXABAY

A pandemia do novo coronavírus intensificou o uso da internet no dia a dia. Com isso, os cuidados e a segurança na hora de navegar pelas plataformas digitais devem ser redobrados. Os registros de crimes online aumentaram durante a pandemia foram 156.692 denúncias, entre janeiro e dezembro de 2020, de acordo com os dados da Central Nacional de Denúncias de Crimes Cibernéticos.

Os hackers, como são conhecidas as pessoas que praticam os principais crimes na internet, agem a partir de qualquer descuido do usuário. Contas em redes sociais, aplicativos de banco, e-mails, entre outras plataformas, são alvo dos hackers.

O estudante Emerson Evair, 22, teve a conta invadida após receber uma mensagem contendo um link duvidoso. ‘’Só notei que meu perfil havia sido hackeado após chegar várias mensagens estranhas, a maioria de perfis fakes’’, explicou. De acordo com ele, a recuperação demorou uma semana, e somente conseguiu, pois cadastrou o número de celular de um familiar na hora de criar a conta.

Segundo ele, essa não teria sido a primeira vez que teve problemas com perfis na internet, no fim do ano passado, Emerson teve seu cartão clonado através do aplicativo do próprio banco. ‘’As notificações do aplicativo não paravam de chegar e muitas eram para redefinir senha ou alertando sobre saque em caixas eletrônicos’’, comentou.

Neste caso, Emerson teve que efetuar um boletim de ocorrência e procurar a sua agência bancária para que fosse possível bloquear o aplicativo e o cartão do banco. Os hackers conseguiram sacar cerca de R$ 1.200, mas conseguiu recuperar o dinheiro. ‘’A agência me deu todo o suporte e ao final tive que preencher um formulário sobre como a instituição poderia melhorar a segurança dos dados no aplicativo’’, disse.

Após os casos, Emerson afirma que o cuidado ao navegar e disponibilizar seus dados na internet foram redobrados. ‘’Não entro mais em qualquer link que me mandam por mensagem, não abro arquivos no chat de perfis duvidosos e também não preencho formulários na web, pois isso facilita o trabalho do hacker na hora de cometer os crimes’’, explica.

Cuidados com as crianças

O cuidado deve ser reforçado no uso da internet por crianças. Um método que pode ser utilizado pelos pais é o monitoramento dos acessos em plataformas digitais, ou acompanhar o conteúdo que está sendo assistido pelo filho.

Uma maneira de certificar que as crianças estão navegando na web com segurança é a adesão a ferramentas de controle. ‘’Para supervisionar o acesso das crianças, optamos por utilizar o Google Family, que auxilia na fiscalização dos conteúdos’’, explica Jenice Silva, 19.

Ainda de acordo com ela, as crianças de idades entre cinco e dez anos começaram a acessar a internet a partir dos quatro anos, mas com o monitoramento dos pais ou responsáveis. ‘’Em alguns aplicativos colocamos a opção que proíbe conteúdo adulto. Também olhamos o histórico de busca nos celulares e computadores para saber o conteúdo que as crianças estão consumindo’’, complementa.

Foto: Reprodução

‘’É importante esse acompanhamento para ter controle no tipo de conteúdo que a criança está assistindo, e até mesmo estar atento caso apareça alguma mensagem duvidosa que possa ocasionar em um crime digital’’, comenta. Jenice ainda destaca que o acesso à internet só é realizado após as crianças assistirem as aulas e cumprirem com as tarefas didáticas.

Lei de Proteção de Dados

A Lei Geral de Proteção de Dados (de nº 13.709), aprovada em 2018, garante tratamento de dados pessoais por pessoa física ou jurídica de direito público ou privado, com o intuito de proteger os direitos fundamentais de liberdade e de privacidade e o livre desenvolvimento da personalidade da pessoa natural.

 

*Com informações do G1