
Foto: (Divulgação/ Ascom UB/ Bruno Spada/ Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados)
Brasília (DF) – Após revelação do esquema que desviou R$ 6,3 bilhões do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), deputados federais assinam pedido de criação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) “CPI da Fraude no INSS”.
A fraude é investigada pela Polícia Federal (PF), na operação “Sem Desconto”.
O requerimento para a CPI foi enviado ao presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), na última quarta-feira (30) antes do feriado nacional do trabalhador, com 185 assinaturas.
A solicitação foi feita pelo deputado de Rondônia, Coronel Chrisóstomo (PL) que cobra a apuração de dados sobre a falsificação de documentos, a ausência de consentimento dos beneficiários e a possível ligação de políticos com as associações investigadas.
“A CPI será fundamental para garantir que as denúncias sejam investigadas de forma rigorosa, que os culpados sejam punidos e que medidas sejam implementadas para prevenir novos desvios. Proteger os direitos dos aposentados, que dependem desses recursos para sua subsistência, é uma questão de justiça social e responsabilidade pública,” diz o requerimento.
Entre os parlamentares do Amazonas, assinaram o pedido de CPI os deputados Amom Mandel (Cidadania) Capitão Alberto Neto (PL), Silas Câmara (Republicanos), Pauderney Avelino (União Brasil) e Fausto Junior (União Brasil).
Os deputados Átila Lins (PSD), Adail Filho (Republicanos) e Sidney Leite (PSD) não assinaram o documento nem se posicionaram sobre a CPI até o fechamento desta reportagem.
O que dizem os deputados nas redes sociais?
Em pronunciamento no Plenário da Câmara, Alberto Neto destacou que já havia alertado, em julho de 2024, sobre os descontos indevidos. O parlamentar encaminhou um requerimento cobrando explicações do ministro da Previdência Social, Carlos Luppi, que pediu demissão na tarde desta sexta-feira (2).
https://www.instagram.com/reel/DJAhy2iSFjP/?igsh=dHJlZ2prdHIzbTN0
Baseado em uma matéria do jornal Metrópoles, o requerimento do deputado aponta que 29 associações tinham autorização para descontar valores mensais dos aposentados. Alvo de 4,7 mil ações judiciais, uma das entidades cobrava R$ 45 pelos supostos benefícios.
Para Amom Mandel, o caso é emblemático da urgência por transparência e fiscalização efetiva na administração pública. “Fraudar o INSS é fraudar a dignidade do povo brasileiro. Não vamos permitir que esse escândalo seja abafado. Precisamos da CPI funcionando o quanto antes”, declarou.
Veja o que diz o documento apresentado por Alberto Neto em julho de 2024:
Fausto Junior também divulgou a assinatura nas redes sociais: “vamos investigar a fraude no INSS”.
“É nosso dever investigar e punir os fraudadores e garantir para o povo brasileiro medidas para evitar que novas fraudes como essa se repitam,” disse o parlamentar.
Para que a CPI seja criada, o presidente da Câmara precisa se manifestar oficialmente sobre o pedido e autorizar o início da comissão.
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