Manaus, 24 de maio de 2025
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Cenário

Mais de 180 deputados cobram ‘CPI da Fraude no INSS’ enquanto nomes do AM se calam

Apesar do escândalo que desviou R$ 6,3 bilhões de aposentados, três dos oito deputados do Amazonas não assinaram o pedido de CPI e não se manifestaram publicamente até agora.

Mais de 180 deputados cobram ‘CPI da Fraude no INSS’ enquanto nomes do AM se calam

Foto: (Divulgação/ Ascom UB/ Bruno Spada/ Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados)

Brasília (DF) – Após revelação do esquema que desviou R$ 6,3 bilhões do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), deputados federais assinam pedido de criação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) “CPI da Fraude no INSS”.

A fraude é investigada pela Polícia Federal (PF), na operação “Sem Desconto”.

O requerimento para a CPI foi enviado ao presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), na última quarta-feira (30) antes do feriado nacional do trabalhador, com 185 assinaturas.

A solicitação foi feita pelo deputado de Rondônia, Coronel Chrisóstomo (PL) que cobra a apuração de dados sobre a falsificação de documentos, a ausência de consentimento dos beneficiários e a possível ligação de políticos com as associações investigadas.

“A CPI será fundamental para garantir que as denúncias sejam investigadas de forma rigorosa, que os culpados sejam punidos e que medidas sejam implementadas para prevenir novos desvios. Proteger os direitos dos aposentados, que dependem desses recursos para sua subsistência, é uma questão de justiça social e responsabilidade pública,” diz o requerimento.

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Entre os parlamentares do Amazonas, assinaram o pedido de CPI os deputados Amom Mandel (Cidadania) Capitão Alberto Neto (PL), Silas Câmara (Republicanos), Pauderney Avelino (União Brasil) e Fausto Junior (União Brasil).

Os deputados Átila Lins (PSD), Adail Filho (Republicanos) e Sidney Leite (PSD) não assinaram o documento nem se posicionaram sobre a CPI até o fechamento desta reportagem.

O que dizem os deputados nas redes sociais?

Em pronunciamento no Plenário da Câmara, Alberto Neto destacou que já havia alertado, em julho de 2024, sobre os descontos indevidos. O parlamentar encaminhou um requerimento cobrando explicações do ministro da Previdência Social, Carlos Luppi, que pediu demissão na tarde desta sexta-feira (2).

https://www.instagram.com/reel/DJAhy2iSFjP/?igsh=dHJlZ2prdHIzbTN0

Baseado em uma matéria do jornal Metrópoles, o requerimento do deputado aponta que 29 associações tinham autorização para descontar valores mensais dos aposentados. Alvo de 4,7 mil ações judiciais, uma das entidades cobrava R$ 45 pelos supostos benefícios.

Para Amom Mandel, o caso é emblemático da urgência por transparência e fiscalização efetiva na administração pública. “Fraudar o INSS é fraudar a dignidade do povo brasileiro. Não vamos permitir que esse escândalo seja abafado. Precisamos da CPI funcionando o quanto antes”, declarou.

Veja o que diz o documento apresentado por Alberto Neto em julho de 2024:

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Fausto Junior também divulgou a assinatura nas redes sociais: “vamos investigar a fraude no INSS”.

“É nosso dever investigar e punir os fraudadores e garantir para o povo brasileiro medidas para evitar que novas fraudes como essa se repitam,” disse o parlamentar.

Para que a CPI seja criada, o presidente da Câmara precisa se manifestar oficialmente sobre o pedido e autorizar o início da comissão.

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