Boa Vista (RR) – Uma ação realizada pela Polícia Federal (PF) que investiga esquemas de pagamento de propina para a Universidade Estadual de Roraima (UERR), em Boa Vista, apreendeu R$ 3,2 milhões em dinheiro vivo escondidos em sacos de lixo na noite dessa quinta-feira (17). Entre os fardos etiquetados com R$ 50 mil, as notas eram de R$ 50 e de R$ 100.
A PF encontrou o dinheiro atrás de telhas no fundo da casa do irmão de um empresário suspeito de participar do esquema em Boa Vista. Na ocasião, os investigadores também apreenderam quase 5 mil litros de combustíveis armazenados de forma irregular.
Em nota, a UERR se posicionou sobre o ocorrido.
“A instituição não recebeu nenhuma comunicação oficial da Polícia Federal ou da Justiça acerca das informações divulgadas, nem foi alvo de qualquer ação em todas as suas unidades administrativas e educacionais, mas adianta estar à disposição para colaborar no que for necessário para que todos os fatos sejam esclarecidos, no intuito de resguardar o interesse público”, disse a Universidade.
Segundo suspeitas da PF que ainda não foram confirmadas, a empresa investigada é do ramo de engenharia e há menos de uma semana venceu uma licitação de R$ 16 milhões na UERR. O valor milionário apreendido, segundo a investigação, seria para pagar propina relacionadas ao esquema criminoso.
Saques de valor alto
A PF chegou até o local após a investigação suspeitar que um saque de grande valor seria feito em Boa Vista para honrar um esquema de pagamento de propina relacionado à licitação na UERR.
As buscas foram realizadas em endereços ligados aos investigados na ordem da Vara de Organizações Criminosas da Justiça de Roraima.
Os R$ 3,2 milhões apreendidos seriam para o pagamento da propina, o que não ocorreu porque a polícia chegou antes, aponta a PF. Foram cumpridos mandados de buscas e apreensão na casa do irmão de um dos sócios da empresa – onde foram localizados os R$ 3,2 milhões -, e na sede da empresa.
Também foram apreendidos celulares e documentos que devem ser usados na investigação. As investigações, agora, continuam para apurar quem seriam os destinatários da suspeita de corrupção e qual a dinâmica do esquema e dos envolvidos.
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