Manaus, 3 de maio de 2024
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Manaus, 3 de maio de 2024

Cidades

Manaus utiliza tecnologias convencionais para combater dengue

Manaus já registrou 4.641 mil casos suspeitos, segundo o último boletim da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS).

Manaus utiliza tecnologias convencionais para combater dengue

(Foto: Marcely Gomes / Arquivo Semcom)

Manaus (AM) – Primeiro no ranking de casos suspeitos de arboviroses — doenças causadas por vírus transmitidos, principalmente, por mosquitos, a capital do Amazonas já registrou 4.641 mil casos suspeitos, segundo o último boletim da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Dra. Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP), divulgado no dia 15 de fevereiro.

Apesar do aumento no número de casos suspeitos, a Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) informou ao Portal AM1 que utiliza apenas métodos convencionais no combate ao mosquito. Conforme a Semsa, o município tem estações disseminadoras de larvicida espalhadas em 40 pontos estratégicos dos quatro Distritos de Saúde (Disas).

Drones

Com a ajuda de drones, São Paulo monitora e aplica inseticidas em coberturas de galpões com lâminas de água, caixas sem tampa e terrenos. O AM1 questionou a secretaria sobre a possibilidade de investir em tecnologias como estratégia no combate ao mosquito Aedes aegypti, no entanto, a Semsa informou que equipes realizam visitas domiciliares reforçam, junto à população, a prática da estratégia Cheklist 10 Minutos.

A ação consiste em orientar o morador para realizar, uma vez na semana, na sua residência, escola, local de trabalho, checar todos os recipientes que podem acumular água e tomar providências como tampar caixa de água; lavar com bucha as vasilhas de animais; limpar calhas e manter o lixo bem fechado para que o mosquito não possa ter acesso.

“Existe também uma ação em parceria com a Secretaria Municipal de Limpeza Urbana (Semulsp) de recolhimento de pneus que estão expostos e podem se tornar criadouros para uma destinação adequada. Há também um trabalho de monitoramento, a cada 15 dias, pelas equipes dos Distritos de Saúde, que atuam em pontos estratégicos e que são locais que têm potencial para se tornar criadouros, a exemplo de borracharias, ferros-velhos e cemitérios”, informou a Semsa.

Método Wolbachia

Em Niterói (RJ), a baixa incidência da doença é o resultado de monitoramento diário durante o ano todo e também do chamado método Wolbachia, tecnologia de longo prazo, que começou a ser implementada em 2015.

O método consiste em inserir a bactéria em ovos do mosquito, em laboratório, para criar Aedes aegypti que portam o microrganismo. Os pesquisadores constataram que, por terem a Wolbachia, esses mosquitos não são capazes de carregar os vírus que causam a dengue, zika, chikungunya ou febre-amarela.

Vacina

Manaus vai iniciar a vacinação na próxima quinta-feira (22). No total, o estado recebeu 78.760 doses e Manaus foi o primeiro município a fazer a retirada dos imunizantes. O esquema vacinal será em duas doses, em um intervalo de três meses.

No Amazonas

No período de 1º de janeiro, até a última quinta-feira, foram notificados 8.883 casos suspeitos de arboviroses, sendo confirmados, por critério laboratorial ou clínico-epidemiológicos, 1.383 para dengue; 2 para Chikungunya; 5 para Zika e, especificamente por critério laboratorial, 1.258 casos de Febre Oropouche.

Além de Manaus, os de Tefé (472); Lábrea (405); Manacapuru (355); Carauari (337); Coari (288); Iranduba (207); Envira (170); Presidente Figueiredo (171) e Itacoatiara (145) são os mais afetados com os casos suspeitos.

 

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