Manaus, 27 de abril de 2024
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Cidades

Gaeco cumpre busca e apreensão contra Paola Valeiko, filha da primeira-dama de Manaus, por lavagem de dinheiro

O genro de Elisabeth Valeiko, Igor Gomes, também é alvo da Operação Boca Raton, do Ministério Público, por peculato, tráfico de influência, corrupção ativa e passiva

Gaeco cumpre busca e apreensão contra Paola Valeiko, filha da primeira-dama de Manaus, por lavagem de dinheiro

Foto: Reprodução

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) amanheceu, nesta sexta-feira (18), cumprindo 20 mandados de buscas e apreensão nas casas de Paola Valeiko e Igor Gomes, filha e genro da primeira-dama de Manaus, Elisabeth Valeiko.

A Operação Boca Raton, do Ministério Público do Estado (MPE-AM), tem como objetivo reunir provas relacionadas à investigação instaurada para apurar possível formação de organização voltada para prática de crimes de lavagem de dinheiro, peculato, tráfico de influência, corrupção ativa e passiva.

De acordo com o MP, a operação corre em segredo de Justiça. Porém, informações preliminares obtidas pelo Portal AM1 indicam que o alvo é a primeira-dama de Manaus, Elisabeth Valeiko.

Em novembro, o Portal AM1 mostrou que a investigação que atinge diretamente a primeira-dama e seus parentes, próximos num esquema de lavagem de dinheiro, estava há um ano engavetada no MP sob a administração da ex-procuradora-geral de Justiça, Leda Mara.

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Foram realizadas 20 buscas e apreensões domiciliares e 11 buscas pessoais. Foram recolhidos equipamentos eletrônicos e documentos também na casa do ex-marido de Elisabeth Valeiko, e numa loteria dentro do Carrefour de Flores.

Investigação parada

Essa investigação sigilosa contra familiares de Elisabeth Valeiko volta a acontecer um mês após o Portal AM1 ter evidenciado que a apuração estava parada há pelo menos um ano sem atualização no Ministério Público do Amazonas, conforme documentos que foram vazados neste ano.

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Os documentos vazados e sigilosos são datados de 26 de novembro de 2019 e de 3 de dezembro do mesmo ano.

A suspeita é que a primeira-dama, sua filha e genro tenham praticado lavagem de dinheiro pela rápida evolução do patrimônio da família. Tais indícios teriam ficado evidentes pela compra de franquias de uma pizzaria, no valor de R$ 3 milhões; pela aquisição de casas em condomínios de luxo, de uma concessionária/locadora de veículos e de casas lotéricas – algo que não condiz com os bens que eles possuíam.

Na época, o Portal AM1 fez questionamento à primeira-dama referente à investigação. Elizabeth Valeiko, porém, preferiu não responder, afim de que seus advogados fossem procurados para comentar o caso.