O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) amanheceu, nesta sexta-feira (18), cumprindo 20 mandados de buscas e apreensão nas casas de Paola Valeiko e Igor Gomes, filha e genro da primeira-dama de Manaus, Elisabeth Valeiko.
A Operação Boca Raton, do Ministério Público do Estado (MPE-AM), tem como objetivo reunir provas relacionadas à investigação instaurada para apurar possível formação de organização voltada para prática de crimes de lavagem de dinheiro, peculato, tráfico de influência, corrupção ativa e passiva.
De acordo com o MP, a operação corre em segredo de Justiça. Porém, informações preliminares obtidas pelo Portal AM1 indicam que o alvo é a primeira-dama de Manaus, Elisabeth Valeiko.
Em novembro, o Portal AM1 mostrou que a investigação que atinge diretamente a primeira-dama e seus parentes, próximos num esquema de lavagem de dinheiro, estava há um ano engavetada no MP sob a administração da ex-procuradora-geral de Justiça, Leda Mara.
Leia mais: Investigação contra a primeira-dama por suspeita de lavagem de dinheiro continua parada no MP
Foram realizadas 20 buscas e apreensões domiciliares e 11 buscas pessoais. Foram recolhidos equipamentos eletrônicos e documentos também na casa do ex-marido de Elisabeth Valeiko, e numa loteria dentro do Carrefour de Flores.
Investigação parada
Essa investigação sigilosa contra familiares de Elisabeth Valeiko volta a acontecer um mês após o Portal AM1 ter evidenciado que a apuração estava parada há pelo menos um ano sem atualização no Ministério Público do Amazonas, conforme documentos que foram vazados neste ano.
Leia mais: Investigação contra a primeira-dama por suspeita de lavagem de dinheiro continua parada no MP
Os documentos vazados e sigilosos são datados de 26 de novembro de 2019 e de 3 de dezembro do mesmo ano.
A suspeita é que a primeira-dama, sua filha e genro tenham praticado lavagem de dinheiro pela rápida evolução do patrimônio da família. Tais indícios teriam ficado evidentes pela compra de franquias de uma pizzaria, no valor de R$ 3 milhões; pela aquisição de casas em condomínios de luxo, de uma concessionária/locadora de veículos e de casas lotéricas – algo que não condiz com os bens que eles possuíam.
Na época, o Portal AM1 fez questionamento à primeira-dama referente à investigação. Elizabeth Valeiko, porém, preferiu não responder, afim de que seus advogados fossem procurados para comentar o caso.
Não deixe de curtir nossa página no Facebook, siga no Instagram e também no X.