Desde o último final de semana, a capital amazonense registrou um céu coberto por nuvens acinzentadas e uma temperatura mais amena, chegando aos 24°C, devido à frente fria que alcançou a região. O céu nublado, porém, contou, também, com rastros de queimadas na Amazônia.
No último dia 11 de agosto, o Portal AM1 mostrou que em menos de 24 horas, o Amazonas já contabilizava 8.867 focos de queimadas, conforme dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
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Os números revelaram que todos os 62 municípios do Amazonas apresentaram, pelo menos, um local incendiado nas últimas 24 horas daquele período. A maior parte dos focos de incêndio apareceu no sul do estado.
Segundo o doutor em clima e ambiente, Valdir Soares, o céu da cidade de Manaus passou por uma mistura de céu nublado devido à frente-fria que já parou, e, também, devido à fumaça de queimadas.
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“Nós estamos com um misto de tempo nublado, devido à frente fria, associado também a esse material particular da fumaça de queimada. Como ela é uma massa de ar, ela acaba empurrando o ar que fica na região e isso trouxe também a fumaça de queimada.”
O rastro de queimadas na região amazônica, de acordo com Valdir, é algo que ocorria antes da frente fria. “A gente estava com tempo quente e com muita fumaça, agora ficou um tempo mais ameno, temperatura menor, mas ainda com fumaça de queimada. Por isso, fica essa aparente névoa na paisagem. Nada mais é do que fumaça de queimada sim”, explicou.
Fumaça de outros estados
Segundo a Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema), a fumaça em Manaus pode estar vindo não só de queimadas em municípios do interior, mas também de outros estados do Brasil.
“Há uma maior cobertura de fumaça vinda de outros estados em municípios do sul do Amazonas, por exemplo, por conta do alto índice de queimadas em Mato Grosso, Pará e Rondônia”.
Vale destacar que Pará, Amazonas e Mato Grosso são os estados com o maior número de focos de fogo detectados pelo Inpe, em agosto deste ano. Juntos, os focos representam 60% das queimadas do mês.
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