Manaus, 19 de março de 2024
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Cidades

Polícia nas ruas para cumprir o decreto de isolamento social

Muitas lojas amanheceram com as portas fechadas, mas o fluxo de veículos e pessoas, principalmente de idosos, ainda era grande

Polícia nas ruas para cumprir o decreto de isolamento social

(Foto: Márcio Silva/ Amazonas1)

Com o avanço dos casos de Covid-19 no Amazonas, o Governo intensificou na manhã desta segunda-feira, 6, as fiscalizações para o cumprimento das medidas restritivas do comércio em todo o estado.

O Amazonas1 foi até uma das áreas mais populosas de Manaus, a Zona Leste, para acompanhar o fluxo de pessoas nas ruas.

Seguindo o decreto do governador Wilson Lima, efetivo da Polícia Militar (PM) fazia a fiscalização desde cedo, além disso, orientavam os lojistas e a população sobre as restrições.

De acordo com Wilson Lima, Polícia e Procon-AM poderão tomar medidas mais duras, como prender ou aplicar multas a quem desobedecer os decretos.

 

Estão proibidos o transporte interestadual, intermunicipal, e a abertura de estabelecimentos de serviços não essenciais, como restaurantes e lojas de confecções.

A circulação na cidade não está proibida.

Na avenida Autaz Mirim, por exemplo, a maioria das lojas amanheceu com as portas fechadas, apenas bancos, supermercados e drogarias abriram.

Os poucos estabelecimentos de serviços não essenciais que tentaram resistir, como relojoarias, eram notificados pela polícia.

No entanto, o fluxo de veículos e pessoas, principalmente de idosos, ainda era grande em bancos e supermercados.

Divididos entre o medo e a necessidade, muitos como a dona de casa Maria José, de 69 anos, saíram de casa para ir ao banco, inclusa no grupo de risco ela falou como tem lidado com a situação.

“É muito difícil porque a gente não pode sair, não pode nada. Tenho medo porque é muita coisa que a gente vê na televisão, um dia desses eu passei até mal, tive que sair da frente da televisão”, contou.

Já o peixeiro Valdemiro Santos, de 60 anos, que também faz parte do grupo de risco falou sobre as dificuldades para permanecer com a banca onde vende peixe aberta, mesmo tendo a permissão do governo, o negócio foi afetado com a paralisação de outros serviços.

“Os pobres estão afetados em tudo, tanto faz o verdureiro, o peixeiro, porque qualquer um que trabalha aqui depende do ramo, a gente sabe que a doença mata, mas a fome também mata”, disse.

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