Manaus, 25 de abril de 2024
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Cenário

Marcelo Ramos afirma que pandemia ‘freia’ impeachment de Bolsonaro

O vice-presidente da Câmara dos Deputados defende que o processo paralisaria o país e criaria mais instabilidade institucional

Marcelo Ramos afirma que pandemia ‘freia’ impeachment de Bolsonaro

Foto: Divulgação

“Todos que acompanham um processo de impeachment sabem que ele não começa hoje e termina amanhã. É longo, demora e paralisa o país. Tudo o que o Brasil não pode, neste momento, é ser paralisado”. A afirmação é do deputado federal, Marcelo Ramos (PL) durante entrevista ao Congresso em Foco, na última sexta-feira (5).

Na avaliação do parlamentar, que também é vice-presidente da Câmara dos Deputados, o processo contra o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), não vingaria em plena pandemia e frearia os discursos e as ações de Bolsonaro em relação à disseminação da doença e das mortes pela covid-19.

“A oposição e crítica a Bolsonaro podem e devem ser feitas de maneira dura por quem acha que deve fazê-las, mas, sinceramente, não acho que é o momento de criar mais instabilidade institucional. Precisamos do mínimo de tranquilidade para enfrentar os efeitos sanitários, econômicos e sociais da pandemia”, analisa.

Ramos também defende que só depois de superada essa etapa crítica é que o país terá condições de discutir as responsabilidades pelo agravamento da tragédia que já levou a vida de mais de 260 mil brasileiros.

Ainda em entrevista, o vice-presidente da Câmara diz que não há chance de a PEC Emergencial passar pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e por uma comissão especial antes de ser analisada pelo plenário, como quer a oposição. O objetivo, segundo ele, é aprovar na próxima semana o texto que abre caminho para a volta do auxílio emergencial da mesma forma que ele saiu do Senado.

“Eu tô pouco preocupado com culpados, me preocupa buscar soluções, não acho que é hora de instabilidade institucional. Acho que o foco agora deve ser trabalhar em cima desses recursos, gastar energia planejando o retorno do auxílio, a crise, os leitos, recursos”, reafirma