Brasília – Em audiência pública realizada nesta quarta-feira (12), na Câmara dos Deputados, o ministro da Educação, Camilo Santana, falou sobre os diversos ataques ocorridos em escolas do país nos últimos dias e defendeu, como medida, a criação de um programa psicossocial nas unidades de educação em parceria com o Ministério da Saúde.
“Nesta questão da saúde mental, é fundamental termos equipes de apoio nas escolas públicas e privadas deste país. Esse não é um problema simples. O que está acontecendo nas escolas reflete a realidade da nossa sociedade. De estímulo ao ódio, à intolerância, à violência, ao armamento”, afirmou o ministro que, ainda, destacou que o aumento da violência no âmbito escolar é um fenômeno mundial.
Em outra audiência da Câmara, também nesta quarta-feira, o tema foi abordado pela ministra da Saúde, Nísia Trindade, que afirmou que os ataques nas escolas são um tema complexo e que exige discussão integrada entre diferentes áreas do governo.
“É muito importante ter psicólogos nas escolas, sim, mas esse problema que está acontecendo, esse fenômeno de violência, é mais complexo que o ambiente interno das escolas”, disse. “Estamos trabalhando isso no âmbito interministerial.”
De acordo com a ministra, a questão dos ataques “está dentro de uma cultura que não vê o outro, uma cultura de desumanização”.
“Além de prevenir as violências que partem do ambiente escolar, é preciso ver que o problema também tem sido alimentado pelas redes”, pontuou a ministra.
Depois que os ataques em duas escolas e uma creche causaram comoção nacional e mobilizaram autoridades a discutir medidas para coibir a violência, o Congresso avalia a implantação de policiais, catracas e detectores de metal como alternativas para o problema de violência nas unidades de ensino.
Também foi criado um grupo, coordenado pelo MEC, para, em até 90 dias, propor soluções.
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