Manaus, 2 de maio de 2024
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Cidades

Motoristas de aplicativos fecham a Estrada do Marapatá, em Manaus

Mais de 40 caminhões-tanques estão parados, desde ontem, 27. Motoristas de aplicativos querem a redução do preço do combustível

Motoristas de aplicativos fecham a Estrada do Marapatá, em Manaus

(Foto: Divulgação)

Um grupo de aproximadamente 20 motoristas de aplicativo de mobilidade urbana mantem fechado a Estrada do Marapatá, no Distrito Industrial, Zona Sul de Manaus, nesta sexta-feira, 28, reivindicando a redução do preço do combustível. Os motoristas estão desde a tarde de quinta-feira, 27, no local.  A categoria afirma que as duas reduções anunciadas neste mês pelo governo federal, as distribuidoras não repassaram os consumidores. A via dá acesso às refinarias que abastecem os postos de combustíveis da capital.

Aproximadamente 40 caminhões-tanques são impedidos de entrar na refinaria devido a obstrução da estrada.  “Fechamos a rua para os caminhões não serem abastecidos enquanto não derem uma resposta para gente”, frisou o motorista Edmundo Coelho de Souza Júnior, que aderiu ao movimento e desde as 21h desta quinta-feira, está na entrada da refinaria. 

Edmundo é motorista dos aplicativos Uber, 99 e Garupa. Para ele, o aumento do preço do combustível afeta diretamente a renda dele. Segundo ele, quando preço da gasolina estava em torno de R$ 3,39 o litro ele gastava em média R$ 1.197 por mês. Agora, com o preço a  R$ 4,59, a despesa mensal só com combustível subiu para R$ R$ 1.377.

“Dez litros de gasolina é uma quantidade mínima que os motoristas rodam por dia. Motoristas de aplicativos que rodam por mais de oito horas por dia, como eu, costumam colocar mais de 25 litros de gasolina, no final das contas a diferença é bem maior”, explicou Edmundo.

Nessa quinta-feira, conforme informou o motorista, a polícia militar chegou a ir à Estada da Refinaria para liberar o tráfego para os caminhões, mas os condutores não cederam e pretendem ficar no local até um posicionamento satisfatório da refinaria.  Somente carros de passeio e motociclistas podem trafegar pela via.

Redução anunciada pelo governo federal

A Agência Brasil publicou no último dia 11 de junho que o presidente Jair Bolsonaro havia anunciado,  em sua conta no Twitter, a redução no preço do litro da gasolina nas refinarias. Segundo o presidente, o preço médio do combustível vendido às distribuidoras caiu de R$ 1,81 para R$ 1,75. De acordo com a Petrobras, a redução no preço médio foi de 3%.

Pela tabela da Petrobras, o menor valor praticado pelas refinarias é na cidade de São Luís (R$ 1,59). Em seguida, vêm as cidades de Itacoatiara, no Amazonas ( R$ 1,62); Ipojuca, em Pernambuco (R$ 1,65); e Guamaré, no Rio Grande do Norte, e Manaus (R$ 1,66).Os maiores preços estão em Brasília (R$ 1,89), Senador Canedo, em Goiás (R$ 1,88) e Uberaba (R$ 1,87), e Uberlândia (R$ 1,85), ambas em Minas Gerais.

No estado de São Paulo os maiores preços são os de Ribeirão Preto (R$ 1,84), Barueri (R$ 1,83) e Paulínia (R$ 1,79). No Rio de Janeiro, maior estado produtor de petróleo do país, a gasolina é vendida pela Refinaria de Duque de Caxias a R$ 1,77 e na de Volta Redonda, a R$ 1,80.