Manaus, 2 de maio de 2024
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Manaus, 2 de maio de 2024

Cidades

MP ajuíza recurso contra decisão que transferiu detentas de presídio

As detentas haviam sido transferidas de suas celas para que facção criminosa seja isolada.

MP ajuíza recurso contra decisão que transferiu detentas de presídio

O Ministério Público do Estado do Amazonas (MPAM), por meio das Promotorias de Justiça de Execução Penal de Manaus, interpôs recurso contra a decisão judicial que retirou presas condenadas da Penitenciária Feminina de Manaus e as transferiu para o Centro de Detenção Provisória Feminino, onde ficam as internas que aguardam julgamento.

A decisão foi proferida no dia 02 de maios de 2019 pelo 3º Juízo da Vara de Execuções Penais, a pedido da Secretaria de Administração Penitenciária do Estado do Amazonas (Seap). A decisão transformou a unidade penitenciária feminina em Centro de Detenção Provisória Masculina 3. O recurso, um agravo em execução, foi ajuizado nessa quarta-teira, 09.

 

Para reverter a decisão e garantir o direito das detentas, o MPAM requereu ao Tribunal de Justiça do Estado do Amazonas (TJAM) a reativação imediata da Penitenciária Feminina de Manaus, com a reacomodação das 68 apenadas que cumpriam pena no estabelecimento e foram transferidas para o CDPF, onde as mesmas, no cumprimento de suas penas, trabalhavam e estudavam para remição de suas penas.

No dia 03 de maio de 2019, a Seap emitiu nota em que explicou à população amazonense a transferência das internas, que teria o objetivo de “desafogar” o Centro de Detenção Provisória Masculino 2. Na nota, a Seap afirmou que a medida teria sido tomada com anuência do MPAM, o que os promotores de justiça negaram de maneira enérgica:

“Não houve anuência alguma do Ministério Público, de sorte que a nota veicula falsas afirmativas na esperança de conseguir apoio institucional para o ato bárbaro e discriminatório realizado pela Seap”, esclarecem os Promotores da Execução Penal, no recurso.

No dia 07 de maio, última terça-feira, na sede do MPAM, os quatro Promotores de Justiça que atuam na área de Execução Penal se manifestaram contrários à transferência das presas medida e defenderam a reversão da medida, considerada por eles abusiva e arbitrária. A reunião teve a participação da Procuradora-Geral de Justiça, Dra. Leda Mara Albuquerque, do titular da Seap, Coronel PM Marcus Vinícius Oliveira de Almeida, do Coronel Louismar Bonates, da Secretaria de Segurança Pública, e do Coronel Ayrton Ferreira Norte, Comandante-Geral da Polícia Militar do Estado do Amazonas. Na ocasião, eles prometeram aos representantes do Ministério Público que providências iriam ser tomadas para sanar o problema.

 

 

(*) Com informações da assessoria