Manaus, 20 de abril de 2024
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Cenário

MP cita precariedade em Tabatinga e tenta impedir que prefeito pague R$ 700 mil por show de Safadão

Segundo os promotores, a população de Tabatinga enfrenta precariedade na infraestrutura e na saúde para que seja pago um valor 'tão alto' para um show

MP cita precariedade em Tabatinga e tenta impedir que prefeito pague R$ 700 mil por show de Safadão

Foto: Reprodução / Instagram

Manaus – Em mais um capítulo de shows de artistas nacionais suspensos por autoridades públicas, desta vez foi a vez do Ministério Público do Amazonas (MPAM) entrar com uma Ação Civil Pública (ACP), proposta na última quinta-feira (30), pela Promotoria de Justiça de Tabatinga, a fim de suspender a apresentação do show do cantor Wesley Safadão – que ocorreria no município.

De acordo com a Ação Civil Pública (ACP), os promotores André Epifânio Martins e Fábia Melo Barbosa de Oliveira classificaram como ‘elevado’ o cachê de R$ 700 mil a ser pago pelo município ao artista. A cidade é comandada por Saul Nunes Bemerguy (MDB). “Vocês terão Wesley Safadão, porque vocês merecem”, afirma o gestor, em vídeo. (veja no final da matéria).

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Foto: reprodução

Wesley Safadão se apresentaria no VIII Festisol 2022, entre os dias 25 a 28 de agosto. Essa não é a primeira vez que o cantor tem um show cancelado por conta de pagamento de cachê. Em abril, o forrozeiro teve um show suspenso pelo Superior Tribunal de Justiça – no qual receberia R$ 500 mil de um município do interior do Maranhão.

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De acordo com a ação dos promotores, o município de Tabatinga enfrenta precariedades, além de ser a primeira vez que um artista nacional recebe um valor ‘tão alto’ para realizar um show no município.

“A população de Tabatinga enfrenta precariedade, principalmente, no campo da infraestrutura e saúde. É a primeira vez que um show no município demanda um valor tão alto e, em caso de descumprimento, o contratado deverá devolver os valores pagos com dinheiro público e a multa de 50% no valor contratado”, explicou o promotor de Justiça André Epifânio. 

Ainda segundo a ação, a Prefeitura de Tabatinga informou que o show seria pago em convênio com o Estado, no entanto, o convênio não chegou a ser anexado e também não foi apresentada a justificativa para o valor de R$ 700 mil. Além disso, foi solicitado que o município se abstenha de efetuar qualquer pagamento com recursos públicos relacionados ao show. 

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