Manaus, 21 de maio de 2024
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Entretenimento

Mulher flagrada com sem-teto diz que confundiu o mendigo com Deus: ‘me ajoelhei no chão’

Antes do acontecido, houve uma mudança estranha em seu compartamento, porém, não tinha percebido a gravidade dos sintomas

Mulher flagrada com sem-teto diz que confundiu o mendigo com Deus:  ‘me ajoelhei no chão’

Foto: Divulgação/Internet

Em relato a um programa de TV neste fim de semana, Sandra Mara Fernandes, a mulher que foi flagrada pelo marido que é personal trainer dentro do carro com o sem-teto Givaldo Alves, em Planaltina (DF), diz que antes do acontecido, houve uma mudança estranha em seu compartamento, porém, não tinha percebido a gravidade dos sintomas e como eles a levariam a se relacionar com o morador de rua. Sandra afirma que deseja apenas querer que a sua vida volte ao normal.

Em sua passagem pela RedeTv, Sandra Fernanda disponibilizou uma entrevista ao programa “Superpop” e explicou que, após o incidente, foi diagnosticada com transtorno bipolar afetivo e que hoje busca tratamentos para o seu problema. “Eu juro que eu não queria ter esse tipo de exposição. Eu só queria voltar para minha vida normal. Muitas vezes sinto nojo de mim, por isso eu preciso continuar meu tratamento, para ter coragem para seguir em frente.”

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Sem nunca ter percebido a bipolaridade, a mesma afirma que começou a agir de forma impulsiva a partir de janeiro, com uma manifestação de muita disposição para realizar atividades e trabalhar além do seu habitual.

“Nesse período eu mudei totalmente o meu comportamento. Eu fiquei eufórica, fazendo várias coisas ao mesmo tempo. Meu marido não tinha estranhado, porque ele ficou super feliz por eu estar alegre e super ativa”, afirma Sandra.

Naquele dia, Sandra não tinha certeza que havia desencadeado esse fenômeno, porém confessa que não ter se importado, pois acreditava ser algo positivo. “Nesse momento de euforia, eu fiquei mais amorosa, mais elétrica. Eu me senti diferente, mas achava que eu tinha mudado para melhor. Eu queria ser aquela versão da Sandra, de uma mulher que não reclama, que não murmura”.

Depressão

Segundo a comerciante, está foi a primeira vez que sentiu algo semelhante. Aponta ainda essa transformação de comportamento pode estar associada a um trauna que viveu no passado, e, que envolve uma tragédia familiar. Podendo ter perdido a vida naquela circunstância.

“Passei por um momento de depressão quando eu perdi a minha mãe. Se eu não tivesse procurado ajuda, eu teria tentado o suicídio, porque o meu sofrimento tinha chegado nesse nível. Então eu passei a me tratar com medicamentos por um ano”, disse.”Na época, os médicos não diagnosticaram o transtorno de bipolaridade. Apontaram apenas para a depressão e não aprofundaram o caso. Eu tive apenas ajuda psiquiátrica através de remédio.”.

Ao contar sobre o dia do que teve relações sexuais com Givaldo Alves, Sandra afirmou que não o conhecia diretamente, apesar já ter visto ele em outras ocasiões em frente à escola onde a sua filha estuda. No momento do surto psicótico, ela alega que precisou fazer doações do objetos porque rebeceu uma mensagem divina. Decidiu entrar em contato com Givaldo e assim marcar um encontro com ele. pois, em sua mente, ele estava representando Deus.

“Eu estava fazendo doações junto com a minha sogra. Mais tarde, fui buscar minha filha na escola e, então, o indivíduo [Alves] chegou. Eu fiquei sozinha no carro enquanto ela saiu para pegar a minha filha na portaria. Eu não o conhecia, nunca tinha o visto na vida”, contou. “Minha sogra estranhou o momento em que dei um beijo nele na frente delas na escola. Quando eu fiz isso, eu enxerguei nele o meu marido e Deus ao mesmo tempo. A confusão mental começou ali”.

Ela afirmou que teve dificuldades para lembrar com clareza sobre as coisas que ocorreram naquele dia. Porém, em uma conversa feita com sua amiga no hospital, depois do flagra, ela teve novas recordações. “Foi em um áudio feito pela minha amiga quando eu relatei que, primeiramente, o encontrei na porta da escola da minha filha. E depois ele marcou um encontro comigo na rodoviária e fui. Mesmo assim, eu achava que estava indo encontrar Deus, que ele tinha possuído o corpo daquele homem”.

Ao chegar no local, os dois começaram a conversar e trocar carícias. Sandra lembra que sempre o chamava de “marido”, pois era dessa forma que acreditava. Após a conversa, o morador de rua entrou no carro de Sandra e os dois se deslocaram para uma rua próxima da residência de sua família.

“Eu o levei até o meu carro. E no meio do caminho ele me pediu para fazer um percurso até determinado local, mas não estranhei, achava que era meu marido. Não imaginava que quando eu estacionasse, começaríamos o ato sexual. Não estranhei na hora”.

Chegada do Personal

Assim que sentiu a falta por sua esposa, o marido de Sandra, Eduardo Alves, saiu para procurá-la pela vizinhança. Ao reconhecer o carro e perceber que a esposa estava dentro dele, acompanhada de outro homem, ele imediatamente pensou se tratar de uma violência sexual.

“No momento eu percebi que tinha coisa errada. Afinal estamos casados há 3 anos, nada ali estava normal. Eu sei como ela é. Para mim, o que ela passou foi um abuso”, disse Eduardo Alves para o programa de TV. “Não o agredi exatamente, só tentei tirá-lo de dentro do carro achando que minha esposa estava em perigo. Saímos do local e fomos direto para o hospital. Ela passou pelo IML, e não sofreu nenhuma lesão”.

No momento que ocorria o confronto do marido com Givaldo, Sandra diz que o surto psicótico continuou e ficou desesperada. “Eu não entendia como meu marido estava do meu lado e ao mesmo tempo estava na rua. Aí eu comecei a enxergar o homem ao meu lado no carro como Deus. Quando ele foi agredido, eu me ajoelhei no chão e tentei interceder por céus: ‘Por favor não bate nele, ele é Deus, eu imploro”.

Afirmando que não recorda do momento em que se relacionou com o morador de rua dentro do carro. Porém, horas depois, novamente teve um surto no hospital e precisou de um tratamento mais rigoroso.

Mas, no hospital, eu tive um segundo surto, no qual eu fui amarrada por mais de quatro homens, porque eu reagia e tinha uma força que nunca imaginei. Eu fui parar em três hospitais no total. Depois, houve um terceiro surto, porque eu não queria vestir minhas roupas. Foram os piores dias da minha vida”.

Sandra Mara Fernandes que vivia de forma harmoniosa com o marido e os filhos, trabalhava em sua loja de roupas. Após o incidente, ela se viu obrigada a fechar o estabelecimento e assim, limitar as operações para o e-commerce porque teme ter outro surto.

Ela volta a fazer uma nova afirmação que começou a sofrer nas redes sociais e que sente humilhada pela experiência com a repercurssão na mídia. Agora, ela tem se dedicado ao tratamento psicológico e que espera poder se recuperar dos acontecimentos.

“Depois que deixei o hospital e vi toda essa humilhação que fizeram comigo, eu não acreditei, porque criaram um personagem de horror para mim, me colocaram no fundo do poço. Superar uma situação como essa não é fácil”, criticou Sandra.

*Com informações da Rede Tv