O número de venezuelanos que já deixaram seu país natal, em grave crise econômica e humanitária, chegou a quatro milhões, segundo relatório divulgado nesta sexta-feira (7) pela Acnur (agência de refugiados da ONU) e pela OIM (Organização Internacional para as Migrações).
No final de 2015, ano seguinte ao de início da recessão venezuelana, os refugiados e migrantes da Venezuela somavam cerca de 695 mil, número que segue crescendo conforme a economia do país se retrai. Apenas entre o último mês de novembro e junho de 2019, a quantidade de saídas aumentou em um milhão.
O levantamento recém-divulgado, que reúne dados de autoridades nacionais de imigração e de outras fontes, coloca o Brasil como o quinto país que mais recebeu venezuelanos, com 168 mil pessoas. Já a vizinha Colômbia é o destino mais comum, com a chegada de 1,3 milhão. Em seguida, aparecem Peru (768 mil), Chile (288 mil) e Equador (263 mil) entre os países que mais recebem os imigrantes.
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A emigração em massa de venezuelanos é um dos mais importantes deslocamentos de pessoas na história recente da América Latina. Além de escassez de alimentos e de medicamentos, o país tem convivido com o acirramento de tensões políticas, com a disputa de poder entre o ditador Nicolás Maduro e o autoproclamado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó. Nas ruas, protestos violentos agravam o cenário já crítico.
(*) Com informações da Folhapress
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