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Manifestantes antiaborto fazem protestos em Buenos Aires

Atos deste sábado (28) tiveram protestos contrários ao projeto de legalização do aborto enviado ao congresso pelo presidente argentino

Manifestantes antiaborto fazem protestos em Buenos Aires

Foto: Matias Baglietto/Reuters

Milhares de manifestantes antiaborto – entre eles, membros das igrejas católica e evangélica, além de organizações civis – organizaram neste sábado (28) marchas e caravanas na Argentina em repúdio ao projeto de legalização do aborto apresentado pelo presidente Alberto Fernández.

Em 17 de novembro, Fernández anunciou que enviou ao Congresso o projeto de lei. Na ocasião, disse que a proposta inclui a obrigatoriedade de que a interrupção voluntária da gravidez ocorra dentro do sistema de saúde.

Em Buenos Aires neste sábado, depois de uma chuva persistente, os ativistas que se denominam “pró-vida” se concentraram em frente ao Congresso, onde se prevê o início, na próxima semana, do debate do projeto de lei na Câmara dos Deputados. As marchas e caravanas foram realizadas “em 500 cidades do país”, segundo os organizadores.

“É uma convocação espontânea, na qual esperamos centenas de milhares de pessoas do país que são favoráveis às duas vidas”, disse à AFP o pastor Jorge Gómez, diretor-executivo da Aliança Cristã de Igrejas Evangélicas da Argentina (Aciera), uma das organizações que participam das manifestações.

Os organizadores informaram que iriam respeitar todas as medidas de prevenção necessárias, “com máscaras e respeito ao distanciamento”, devido à pandemia do novo coronavírus.

Na Argentina, o aborto só é permitido em casos de estupro ou de risco de vida para a mulher, uma legislação em vigor desde a década de 1920.

Estimativas sérias calculam que ocorram entre 370 mil e 520 mil abortos clandestinos por ano na Argentina, disse em uma entrevista recente a titular da Secretaria Legal e Técnica da Presidência, Vilma Ibarra.

(*) Com informações G1