Um dia antes, uma outra equipe de pilotos enfrentou o mesmo problema. O desfecho foi diferente graças a uma ajuda inesperada: um piloto de folga que pegava carona, relata a Bloomberg.
O piloto estava no assento extra do cockpit no momento da decolagem e diagnosticou corretamente o problema.
Ele disse aos colegas para desligarem um sistema de controle de voo que apresentava falhas -e assim salvou todos que estavam a bordo.
A descoberta foi feita no curso das investigações das autoridades de aviação da Indonésia e ajuda a explicar por que alguns pilotos conseguiram evitar quedas quando enfrentaram o mesmo problema –e outros não.
A presença do piloto carona no voo realizado no mesmo modelo de aeronave não constava no relatório preliminar dos investigadores, divulgado no fim de novembro.
Segundo o documento, os pilotos passaram todos os 11 minutos do voo tentando retomar o controle da aeronave.
Eles reergueram à força o avião mais de 20 vezes, mas o erro no sistema fez com que a aeronave continuasse a inclinar para baixo, finalmente caindo no mar de Java a uma velocidade de 720 km/h.
Quatro meses mais tarde, um avião do mesmo modelo operado pela companhia Ethiopian Airlines caiu seis minutos após decolar de Adis Abeba, capital da Etiópia.
A queda matou todas as 159 pessoas a bordo -assim como ocorrera na Indonésia.
A Boeing, fabricante do modelo de avião envolvido nos dois acidentes, cobrava uma tarifa à parte por funções opcionais poderiam ter ajudado os pilotos a detectar leituras erradas de sensores.
Uma das atualizações opcionais, o mostrador de ângulo de ataque, mostra a leitura dos dois sensores.
Outra, chamada de luz de divergência, é ativada quando esses sensores não concordam entre si.
As investigações das causas dos dois acidentes ainda estão em curso.
(*) Com informações da Folhapress
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