Manaus, 2 de maio de 2024
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Cenário

Nacional do PSOL escolhe Israel Tuyuca e invalida candidatura de Marcelo Amil ao governo do Amazonas

Amil entrou com mandado de segurança junto ao TSE para derrubar a decisão da Executiva

Nacional do PSOL escolhe Israel Tuyuca e invalida candidatura de Marcelo Amil ao governo do Amazonas

MANAUS – A Executiva nacional do PSOL decidiu acatar, nesta terça-feira (2), o resultado de uma conferência eleitoral promovida pelo Diretório do Amazonas, no dia 16 de julho, que escolheu Israel Tuyuca como candidato ao governo. No entanto, no último domingo (31), a legenda também fez uma convenção partidária e definiu o advogado Marcelo Amil.

Nesta terça-feira, Amil e o sociólogo Luiz Carlos Marques se manifestaram sobre a suspensão dos direitos filiativos dos candidatos escolhidos pela maioria da sigla na convenção do dia 31. Segundo ele, após tirarem o direito de voto dos militantes naquela ocasião, os membros do Diretório Estadual realizaram nova votação “sem convocação prévia e desrespeitando uma liminar da Justiça do Amazonas”.

A liminar garante à Presidência do Psol a convocação de qualquer reunião partidária. A conferência foi realizada em praça pública sem a presença de Rosilane Almeida. Por outro lado, a Presidência do Psol optou por seguir o rito de acordo com a Justiça Eleitoral, convocando a Convenção Estadual.

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“A convocação para Convenção Estadual do Psol foi publicada no dia 18 de julho e registrada no Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM) no dia 19 de julho. Todos os militantes, incluindo o grupo que aplicou o golpe, foram convocados oficialmente e jamais apresentaram qualquer contestação à Convenção”, informou a assessoria de Amil.

A convenção do dia 31 teve a participação de 89 filiados que decidiram, por unanimidade, pelos nomes de Marcelo Amil e Luiz Carlos Marques, como candidatos ao governo estadual, assim como os demais candidatos aos cargos de Senador, Deputado Estadual e Deputado Federal da sigla. A homologação do resultado dessa decisão foi registrada em Ata no TRE-AM na segunda-feira (1/8).

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De acordo com Marcelo Amil, o objetivo da Executiva Nacional é impedi-lo de participar da Convenção da Federação Rede/Psol, que será realizada na quinta-feira (04). O advogado entrou com mandado de segurança junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para derrubar a decisão unilateral da Executiva e aguarda decisão do ministro Alexandre de Moraes.

Foto: Divulgação/Assessoria

Veja declaração oficial de Marcelo Amil:

“Não me renderei à covardia. Fui surpreendido, mas nem tanto, com um ato covarde na data de hoje. Fui informado que a executiva nacional suspendeu a mim e a presidenta Lane por seis meses. Uma suspensão ilegal, sem qualquer previsão no estatuto, sem qualquer respeito  a qualquer procedimento. Não há nenhum processo aberto contra mim no conselho de ética nem em qualquer outra instância. O objetivo é simplesmente sabotar o processo eleitoral no PSOL mantendo o partido como  um brinquedinho de meia dúzia.

Inventaram a primeira candidatura, inventaram a segunda, inventaram até uma candidatura de quem nem filiada ao PSOL Amazonas era, e vendo que não teriam apoio dos filiados do PSOL, tentam ganhar no tapetão.

Tenho a honra de ter sido aclamado na maior convenção da história do PSOL Amazonas. Foram mais de 150 presentes, de mais de seis municípios, 89 filiados com direito a voto.

A convenção foi convocada nos termos exatos do estatuto, registrada no TRE no dia 19 de julho, e nunca recebeu nenhuma contestação. Não recebeu porque a convocação foi formalmente perfeita.

Não aceitarei esse desrespeito à maior convenção da história do PSOL Amazonas e já recorri ao TSE para desfazer esse arbítrio. O mandado de segurança encontra-se sorteado para o ministro Alexandre de Moraes e provavelmente amanhã já devemos ter a justiça restabelecida no PSOL.”

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