
Plínio Valério afirma que PSDB não vai compor fusão com PSD - Foto: (Waldemir Barreto/Agência Senado)
Brasília (DF) – Reorganização dos partidos e das alianças políticas fazem parte das movimentações em um ano pré-eleitoral. Mas o receio pelo “esquecimento” pode levar as siglas a permanecerem sem uma nova formulação.
A Fusão entre PSDB e PSD, por exemplo, foi descartada. Atualmente, o PSD, comandado no Amazonas pelo senador Omar Aziz, é o partido que mais cresce no país, são 42 deputados, dois senadores, além dos 885 prefeitos eleitos em 2024.
Segundo o presidente do PSDB no Amazonas, senador Plínio Valério, não existirá fusão. O parlamentar comentou ao Portal AM1 que as visões das siglas são diferentes e não existiria uma concordância para a incorporação de outro partido.
“Eu sou contra a fusão, seja ela qual for. Imagina uma fusão com o MDB ou com o PSD, dois partidos radicais de apoio ao governo federal, não teria nesse caso, sim, eu passei um ano sozinho resistindo, mas neste caso, no outro dia eu estaria fora”, pontuou Plínio.
Na última semana, o presidente nacional do partido, Marconi Perillo, interrompeu as negociações com outras siglas e pontuou que o partido deve “continuar sozinho”.
Em nota, informou que o PSDB “não vai desaparecer” e deve apresentar outra estratégia mantendo o diálogo com os que estão “no centro do expecto político brasileiro”, sinalizando uma “alternativa aos extremos”.
“Queremos o melhor para o Brasil. Apresentaremos ao país em 2026 uma alternativa democrática, programática, forte e popular para recolocar o Brasil no rumo do desenvolvimento econômico sustentável em busca de igualdade e justiça social. Todos os brasileiros que se opõem ao extremismo estarão ao nosso lado nessa luta, e continuaremos dialogando com os partidos que defendem a democracia e o fim do extremismo para que esse projeto se sustente e ganhe as ruas do país e as mentes e corações dos brasileiros”, disse Perillo.
Cláusula de desempenho
O cientista político Guilherme Soares afirmou ao Portal AM1 que os partidos estão se movimentando para não perder o acesso ao fundo partidário e ao tempo de propaganda eleitoral gratuita no rádio e na TV. Para usufruir dos recursos, as siglas precisam cumprir um desempenho eleitoral mínimo.
“Sem atingir esse patamar, o partido perde financiamento público e visibilidade, o que dificulta sua sobrevivência. Além disso, parlamentares eleitos por partidos que não superam a cláusula podem mudar de sigla sem perder o mandato, o que leva à desidratação dessas legendas”, disse o especialista.
Além disso, Soares destacou que os partidos têm adotado duas estratégias para superar a regra, fusões, em que duas ou mais siglas se unem para formar um novo partido mais competitivo, e federações partidárias, que permitem que partidos menores atuem juntos como uma única bancada no Congresso por pelo menos quatro anos.
“Essas movimentações refletem um esforço para manter influência política e garantir acesso aos recursos necessários para funcionamento e participação no processo eleitoral”, destacou o cientista político.
Comissões do partido
Em 2025, o PSDB não comandará nenhuma comissão, com 12 deputados federais na Câmara e três senadores no Senado, a sigla continua sem protagonismo no Congresso Nacional.
Segundo o senador Plínio Valério, os parlamentares devem compor quatro comissões: Constituição e Justiça (CCJ), de Assuntos Econômicos (CAE), de Segurança Pública e a Comissão de Infraestrutura.
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