
Plínio Valério fala ao AM1 sobre as queimadas no estado - Foto: (Antônio Mendes/AM1)
Brasília (DF) – O senador Plínio Valério (PSDB-AM) pontuou, nesta terça-feira (13), que ninguém quer solucionar o problema das queimadas que ocorrem no Amazonas.
Segundo o parlamentar, a situação foi alertada em 2023, mas existe uma falta de vontade por parte dos governantes.
“É uma questão que todo ano tem. É um problema cíclico, (…) eu alertei ano passado. As ONGs, os ambientalistas, os críticos vão dizer que é culpa das queimadas, que estão desmatando, estão desrespeitando. Tem queimada, sim. Mas muitas delas são roçados que os agricultores estão fazendo.
O assunto também foi discutido na Câmara dos Deputados.
Segundo o deputado federal Amom Mandel (Cidadania-AM) o estado precisa de ações efetivas.
“Quando a gente olha o Ibama, Ministério do Meio Ambiente, o estado do Amazonas, todos os órgãos, continuam tendo essa atuação insuficiente para conter a crise climática, que se impõe e que prejudica a saúde dos ribeirinhos, da população tradicional, dos indígenas, e assim por diante. Insuficientes também são os recursos destinados para tal, tanto pelo estado quanto pelo governo federal.”
Para minimizar o problema das queimadas, o senador Plínio Valério destacou que cada cidade deve ter o seu carro pipa para apagar os focos de incêndio e afirmou que “ninguém quer solucionar” a questão.
“É importante que o Careiro da Várzea tenha seu carro pipa, que Autazes tenha seu carro pipa, que o Castanho tenha. Porque este foco, neste local, seria combatido, mas ninguém quer. Ninguém quer solucionar, ninguém quer antecipar. Todo mundo deixa por dois motivos, uns para criticar, apontar o dedo e, encontrar culpados. E outro para o parlamentar dar uma de coitadinho.”
Câmara debate queimadas no Amazonas
A Comissão de Meio Ambiente da Câmara dos Deputados debateu o tema nesta terça-feira (13).
Segundo o Sistema Eletrônico de Vigilância Ambiental da Universidade do Estado do Amazonas (Selva) os moradores de Manaus estão respirando o pior ar do País por conta das queimadas.
O secretário extraordinário do Ministério do Meio Ambiente, André Lima, afirmou durante a audiência pública, que mais de 2,6 milhões de hectares foram queimados na Amazônia brasileira neste ano, cerca de 0,63% do território.
“O combate ao desmatamento é uma ação fundamental para reduzir também os índices de incêndios, tanto que nos municípios prioritários de combate ao desmatamento não houve o crescimento de incêndios florestais que está havendo em outras regiões”.
Questionado pelo deputado federal Amom Mandel sobre as ações que estão sendo desenvolvidas, André Lima pontuou que “infelizmente, como a ciência vem dizendo há muitos anos, (…) os efeitos das mudanças climáticas chegaram bem mais cedo do que se antevia.”
Entre as medidas citadas pelo secretário estão:
- Aumento do valor disponível no Fundo Amazônia para CBM dos estados Amazônicos no total de R$ 405 milhões;
- Programa União com Municípios que foi assinado por 48 regiões onde ocorrem 70% dos desmatamentos com R$ 770 milhões em investimentos para a regularização ambiental e fundiária.
- Pacto com governadores em conjunto com o alinhamento dos estados.
Acompanhe a discussão:
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