Manaus, 13 de setembro de 2024
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Manaus, 13 de setembro de 2024

Cidades

Níveis críticos no rio Negro intensificam preocupação com estiagem no Amazonas

O rio Solimões, segundo dados do SipamHidro, alcançou uma cota de 2 centímetros, a menor para o mês de agosto.

Níveis críticos no rio Negro intensificam preocupação com estiagem no Amazonas

(Foto: Alex Pazuello/Secom)

Manaus (AM) – A Defesa Civil do Amazonas, por meio do Monitoramento Hidrometeorológico, alertou que, nessa terça-feira (19), o rio Negro atingiu nível crítico, com uma variação de – 0,17 nos últimos 7 dias. Isso significa que, em média, o Negro vazou 17 centímetros por dia.

(Foto: Reprodução/Defesa Civil)

No total, 26 municípios das regiões do Alto e Médio Solimões; Juruá; Purus e o das adjacências do Madeira são classificados como regiões de alerta para a Defesa Civil do Amazonas nesse período de seca que aflige o estado.

Atualmente, o rio Negro se distancia em 9,86 metros da mínima registrada em 26 de outubro de 2023, quando o estado atingiu seus recordes negativos durante a estiagem. Na ocasião, no ano passado, o rio atingiu a marca histórica de 12,70 metros.

Segundo comparativo realizado pelo Portal AM1, com base nos dados disponibilizados pelo Boletim Hidrometeorológico da Defesa Civil, utilizando a data de referências entre os dias 17 de junho a 20 de agosto, em 2024, o nível do rio Negro atingiu números inferiores ao do ano anterior, quando a cota mínima histórica foi registrada.

Rio Solimões

Entretanto, o Negro não é único ser impacto pela seca na região, o rio Solimões, segundo dados do Sistema Integrado de Monitoramento e Alerta Hidrometeorológico (SipamHidro), organizado pelo Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (CensiPam), alcançou uma cota de 2 centímetros, a menor para o mês de agosto.

Até o momento, o Amazonas conta com 20 municípios em estado de emergência, conforme decreto publicado em 5 de julho de 2024. Os municípios mais afetados pela seca estão na região do Alto Solimões, incluindo Atalaia do Norte, Benjamin Constant, Tabatinga, São Paulo de Olivença, Amaturá, Santo Antônio do Içá e Tonantins. Na Calha do Juruá e do Purus, os municípios impactados são Guajará, Ipixuna, Envira, Itamarati, Eirunepé, Carauari, Juruá, Pauini, Lábrea, Tapauá, Beruri, Canutama e Boca do Acre.

Maués

Conforme publicação do Diário Oficial dos Municípios do Estado, nesta terça-feira (20), o prefeito de Maués, Júnior Leite, decretou situação ‘anormal’, caracterizada como ’emergencial’, no município. Para a decisão, ele considerou o prognóstico da estiagem da Defesa Civil e o registro do rio Madeira, com os níveis de 2,07 mm em Porto Velho alcançando o nível mais baixo desde 1967.

“Considerando o prognóstico da estiagem da Defesa Civil do Amazonas para o ano de 2024, que prevê uma seca mais severa que no ano de 2023, que foi considerada a pior seca da história do Estado do Amazonas e, que no dia 06/08/2024, o Rio Madeira que é tributário direto do Paraná do Urariá que atende grande parte da zona rural de Maués, atingiu o nível de 2,07mm em Porto Velho registrando o nível mais baixo desde que os dados começaram a ser coletados em 1967.”

Confira a decisão completa:

 

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