
(Foto: Divulgação)
Manaus (AM) – A aposentada Rosa Cunha Alvarenga, de 75 anos, procurou a reportagem do AM1 para relatar a preocupação que vive em uma área de risco à beira de um igarapé, na comunidade Riacho Doce 3, Nova Cidade, zona Norte de Manaus.
Segundo a moradora, com as fortes chuvas nesse período de fim de ano, o barranco tem cedido e, com isso, a estrutura da sua residência tem sido afetada, o que faz a preocupação da família aumentar.
Rosa conta ainda que uma tubulação de esgoto chegou a ser construída pela Prefeitura de Manaus, mas que a obra, que passa pelo seu terreno, não foi concluída.
“Fizeram a tubulação até metade do meu terreno, a outra metade ficou aberta, e quando chove e a água vem forte, bate no canto da minha casa e está cavando cada vez mais”, diz.
Segundo a aposentada, a Defesa Civil do Estado já vistoriou o local duas vezes, mas sem apresentar solução para o caso.
Rosa acrescenta ainda que, no local, existia uma nascente, mas que com o passar do tempo “mexeram” e o igarapé passou a receber dejetos de outros conjuntos. O problema se arrasta por mais de 10 anos, conforme a moradora.
“A gente precisou aterrar a parte da frente do terreno com barro. Porque quando a água vinha muito forte e passava por cima, alagava a rua toda e a casa dos vizinhos. A vizinha de frente de casa precisou fazer um murinho para a água não entrar mais na casa dela. Na nossa [casa] da frente não alaga porque moramos na parte alta do terreno… Mas o problema é que está cavando por baixo da casa cada vez mais”, conta a aposentada.
Dona Rosa alega que, há um mês, tenta entrar em contato com a Defesa Civil, mas foi informada que deve “esperar”, pois há registro de outras solicitações de áreas de risco na frente da sua.
O Portal AM1 procurou a Defesa Civil do Amazonas e a Prefeitura de Manaus para saber a respeito do monitoramento atualizado de áreas de riscos na capital, principalmente, nesse período de chuvas intensas, e de que forma a família de Rosa tem sido assistida.
Veja:
Resposta
A Defesa Civil do Estado, via assessoria, respondeu à reportagem, advertindo que a moradora “precisa agendar, através do 199, uma visita”. O órgão também ainda que não pode “atuar no que é da alçada do município”, exceto se “o município não comporta mais o desastre”.
A equipe informou também que verificaria junto ao departamento de engenharia se algum “pedido atípico”, visita técnica, vistoria ou laudo foram emitidos em relação à situação específica.
Já a Prefeitura de Manaus, em nota, informou que a implantação de redes de esgoto na cidade não é atribuição da administração municipal, mas que enviaria uma equipe ao local para verificar a situação da família e, caso necessário, acionar a empresa Águas de Manaus para corrigir a instalação.
“A Prefeitura de Manaus informa que a implantação de redes de esgoto não é uma atribuição do município, sendo essa responsabilidade exclusiva da concessionária Águas de Manaus.
No entanto, a Agência Reguladora dos Serviços Públicos Delegados do Município de Manaus (Ageman) informa que enviará uma equipe técnica ao local para verificar a situação relatada. Caso seja constatada a instalação de uma rede de esgotamento sanitário em local inadequado, a Ageman tomará as medidas cabíveis, acionando a Águas de Manaus para acompanhar e corrigir a situação”.
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