Manaus, 2 de maio de 2024
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Cenário

Omar Aziz diz que demissão de Ernesto Araújo é ‘salvação do Brasil’

Já o senador Plínio Valério acha que trocar o ministro não resolve o problema da diplomacia externa do Brasil

Omar Aziz diz que demissão de Ernesto Araújo é ‘salvação do Brasil’

Foto: Reprodução

Os senadores do Amazonas, Omar Aziz (PSD) e Plínio Valério (PSDB), disseram ao Portal Amazonas1, nesta segunda-feira (29), o que acharam do pedido de demissão do ministro da Relações Exteriores, Ernesto Araújo, do governo de Jair Bolsonaro (sem partido).

A saída do ministro ocorre após pressão de parlamentares, inclusive dos presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG). Araújo já vinha sendo questionado pelo Congresso há algum tempo. Na semana passada, Lira chegou a  dizer que Araújo perdeu a capacidade de dialogar com países.

De acordo com o senador Omar Aziz, a saída de Ernesto Araújo é a “salvação do Brasil” e que o ministro já vinha realizando diversas ações incoerentes, que prejudicaram o país, principalmente neste período de pandemia.

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“O pedido de demissão do ministro Ernesto era um clamor pela salvação do Brasil. Não podemos ter um ministro que é apegado ao cargo e não às convicções necessárias a quem fala pelo país. A nossa relação com os EUA hoje é ruim porque o nosso ministro menosprezou a possibilidade de retorno dos Democratas ao comando do país”, iniciou Omar.

“Hoje não temos diálogo com nenhum país para a compra de vacinas contra o coronavírus e na quantidade necessária para o Brasil por conta da ideologia cega do ministro Ernesto. Não se pode ter um ministro das Relações Exteriores com ideologia. A pessoa que ocupa esse cargo tem que que tratar com a China, EUA e outros países com pensamentos culturais diferentes e deve ter boa relação com todos”, continuou.

Em contrapartida, o senador Plínio Valério acredita que o problema da política externa do Brasil não é, em si, o ministro que sai ou outro que deverá entrar. Mas sim, a política “que vem de cima para baixo”, referindo-se ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

“Eu acho que a questão da diplomacia externa brasileira não é o ministro nem o outro que vai entrar. É a política que é traçada, é a política que vem de cima para baixo, que é uma política confusa. Normalmente é uma política de uma única mão. Eu acho que trocar ministro não vai resolver o problema não”, afirmou.

Até o momento, ainda não foi definido um substituto para Ernesto Araújo no Ministério das Relações Exteriores.

A reportagem do Portal AM1 também tentou falar com o senador Eduardo Braga (MDB), mas não houve retorno.