MANAUS – Mais uma briga judicial se consolida entre os ex-aliados, o ex-prefeito de Manaus Arthur Virgílio Neto (PSDB) e o senador, Omar Aziz (PSD). Desta vez, Arthur responderá um processo na Justiça por acusar Omar de diversos crimes, entre eles pedofilia. A queixa feita pelo senador foi aceita pelo juiz Renato Coelho Borelli, da 15ª Vara Federal Criminal do Distrito Federal, na última sexta-feira (19).
A denúncia contra Arthur Neto foi feita após o ex-prefeito realizar vários comentários e críticas em sua conta no Twitter, contra o senador. Na primeira publicação, Arthur declarou que Aziz cometeu crime depois que a Polícia Federal abriu inquérito para investigar o possível vazamento de documentos sigilosos da CPI da Covid, presidida por ele.
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“O senador Omar Aziz pediu Habeas Corpus ao Supremo Tribunal Federal para não ser preso pela acusação de ter distribuído documentos sigilosos da CPI da Pandemia para uma emissora de televisão, o que é criminoso. O STF negou. Aliás, é uma vida permeada pelo cometimento de crimes. Foi esse o papel que ele foi fazer na CPI: prender um sargento da reserva, se acovardar diante de um general da ativa e distribuir documentos sigilosos para fazer mídia, fazer política”, diz a publicação de Virgílio.
Em outro post, Arthur comentar sobre “diversos crimes” cometidos por Omar incluindo casos de pedofilia.
“Omar Aziz é uma das pessoas mais perversas que já conheci. Ele nunca mostra a cara, porque se alimenta de um cardápio bizarro, realmente cruel: a intriga. A pedido de sua mãe, respeitável e querida senhora, aceitei, acreditando somente nela, envolver-me na luta da CPI da Pedofilia. Minha não interferência seria sua morte política, uma dura condenação penal e a desmoralização completa”, expos Arthur.
Em outras publicações, o ex-prefeito caracterizou Aziz como uma pessoa que “não é de trabalho”, que é “incapaz de ler um livro”, e, ainda, que “quando se sente com poder, vira um grosseirão sem o menor respeito por quem esteja hierarquicamente abaixo dele. Um bifronte, que não tem amigos, tem apenas instantes de amizade”, “pessoa doente”, entre outras ofensas.
Confira as publicações:
Na ação, a defesa de Omar Aziz, caracteriza as falas como calúnia e difamação. Pede também o aumento de pena, alegando que o crime teria sido cometido contra funcionário público e na “presença de várias pessoas, ou por meio que facilite a divulgação da calúnia, da difamação ou da injúria”.
De acordo com o processo, Arthur Neto tem 10 dias para apresentar defesa escrita onde poderá apresentar provas das alegações feitas na internet.
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