Manaus, 6 de maio de 2024
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Manaus, 6 de maio de 2024

Economia

Pacote de apoio imobiliário anima o setor no Amazonas 

O pacote imobiliário inclui a liberação de R$ 43 bilhões em crédito de habitação pela Caixa Econômica e a carência de seis meses para novos financiamentos

Pacote de apoio imobiliário anima o setor no Amazonas 

(Foto: Divulgação)

O Sindicato da Indústria da Construção Civil do Amazonas (Sinduscon-AM) afirmou, nesta sexta-feira, 10, que as novas medidas anunciadas para o mercado imobiliário devem dar um ânimo a atividade no Estado, diante do cenário de pandemia do novo coronavírus e instabilidade econômica.

O pacote de ajuda  vai inclui a liberação de R$ 43 bilhões em crédito de habitação pela Caixa Econômica Federal e a carência de seis meses para novos financiamentos.

“Isso é importante para dar ânimo para o mercado imobiliário”, disse o presidente do Sinduscon-AM, Frank Souza.

“O Governo Federal através da Caixa flexibiliza prazos e injeta recursos que não vão resolver tudo, mas vão permitir movimentar a atividade e garantir empregos”, analisou o presidente.

 

Outras medidas

O governo também aumentou o tempo de pausa para 90 dias no contrato imobiliário.

No mesmo período, os clientes do banco poderão pedir a pausa no pagamento da parte não coberta pelo FGTS da prestação e os que estiverem adimplentes poderão continuar pagando, mas com descontos.

Também há possibilidade de renegociação de dívidas, tanto para pessoas físicas quanto para as construtoras.

Em relação às empresas

A Caixa anunciou alguma medidas para as empresas como:

antecipação de até 20% do financiamento para obras que vão começar.

prorrogação do início das obras por até 180 dias

reformulação do cronograma de obra e  ampliação no prazo de vencimento de laudos e avaliações.

Frank Souza explicou que o mercado imobiliário é movimentado, principalmente, por modalidades de financiamento para habitação do Minha Casa Minha Vida (MCMV) e que essas medidas entram “para proteger os clientes e empresas com equilíbrio”. 

No entanto, o representante da entidade é enfático ao anunciar que a estimativa do setor imobiliário é de queda para 2020.

“Temos que considerar que a nossa economia também é baseada na indústria que está parada e muitas obras públicas foram impactadas, já que o foco do Governo é a saúde. Então acredito em uma diferença de pelo menos 20% em relação ao ano passado”, avaliou.

Mão de obra

Mesmo com o cenário de redução no desempenho no setor imobiliário, a mão de obra usada na construção civil no Amazonas não deve sofrer grande impacto pela pandemia, acredita Frank Souza.

Segundo ele, a Medida Provisória 936/2020 permitiu uma série de situações para que as empresas mantenham seus funcionários.

“Com isso as demissões não serão grandes neste momento, mas depende se também não houver obras paradas”, comentou.

“Temos nos movimentado com outros organismos como Ipaam, Corpo de Bombeiros e cartórios para lançar novas obras e conseguir aprovações das antigas”, finalizou o presidente do Sinduscom-AM.