O ex-padre Ernani Maia dos Reis, de 55 anos, foi indiciado pela Polícia Civil por violência sexual contra três monges na cidade de Monte Sião, Minas Gerais.
O inquérito foi concluído na última quarta-feira (19), indiciou o ex-padre que atualmente reside em Franca, São Paulo, por violência sexual mediante fraude, combinado com crime de assédio sexual.
Os crimes aconteceram no mosteiro de Monte Sião, onde os monges passavam por um processo seletivo para ingressar, na qual eram submetidos a passar pelo ex-sacerdote
Vítimas contam que o padre se aproximava com pressões psicológicas, manipulações e vulnerabilidades afetivas, aproveitando para praticar abuso e violência sexual. Monjas também o acusaram de agressões, maus tratos e assédio moral.
As investigações apontaram que os abusos tiveram início em 2009 e há relatos de crimes até 2018, as vítimas eram homens de 20 a 43 anos; além de 10 mulheres.
De acordo com a polícia, uma vítima que atualmente tem 41 anos, relatou que foi abusada quando o padre o chamou para conversar sobre um evento. Quando chegou no local, Ernani estava seminu, com uma taça de vinho. Durante a conversa, o padre o abraçou, fez carícias, pressão e manipulação psicológica para que a vítima cedesse.
Ernani negou as acusações à Polícia Civil, mas confirmou ter tido relações sexuais consensuais com duas vítimas.
Mosteiro
As denúncias foram recebidas pela Igreja Católica, entretanto, o padre não foi afastado. Ele saiu do mosteiro em 2018, quando renunciou e foi dispensado de todas as atividades religiosas pelo Papa Francisco.
Em nota, a Arquidiocese de Pouso Alegre, responsável pelo mosteiro, disse que todas as medidas foram tomadas e as vítimas foram acolhidas.
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