COLÔMBIA – Desde o último dia 28, colombianos vão às ruas em protesto contra uma reforma tributária apresentada pelo presidente de centro-direita Iván Duque. Várias cidades já tiveram aglomerações e houve confrontos com a polícia em Bogotá, Bucaramanga, Barranquilla e Cali.
As marchas, convocadas por sindicatos de trabalhadores de diferentes setores. Os manifestantes pedem que não haja aumento de impostos e que se crie mais proteção social aos trabalhadores afetados pela pandemia do coronavírus.
Os protestos na Colômbia voltaram com tudo com as derrubadas de estátuas. Hoje em Manizales foi derrubada a de Gilberto Alzate Avendaño, político fascista colombiano que nasceu na cidade e chegou a ser senador nos anos 1950 #ParoNacional1Mayohttps://t.co/FUMc9O6C4u
— Observatório Internacional (@observint) May 1, 2021
Desde 2019 que o governo Duque tenta implementar uma reforma fiscal no país –na época, houve intensos conflitos nas ruas do país.
Sindicatos trabalhistas, professores, organizações civis, indígenas e outros setores estão inconformados com o projeto de reforma, por a considerarem muito onerosa para a classe média e inadequada em meio a um grave momento da pandemia de covid-19 no país.
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Nas últimas semanas, a Colômbia entrou no que epidemiologistas locais consideram uma terceira onda da pandemia, com novas altas casos e mortes pela doença. Nesta terça, o país registrou média móvel de 17.254 casos, próxima aos 17.857 registrados em 20 de janeiro, no auge da segunda onda, de acordo com dados do Our World in Data.
Os protestos continuam hoje na Colômbia pelo sexto dia seguido. Bucaramanga, no norte do país, está com uma grande quantidade de manifestantes na rua hoje novamente #ParoNacional3M pic.twitter.com/lG8zW0cWlI
— Observatório Internacional (@observint) May 3, 2021
Desde o início da crise sanitária, o país soma mais de 2.787.303 infecções e 71.799 mortes. Para tentar barrar a disseminação do vírus, tanto o governo nacional quanto a prefeitura de Bogotá impuseram novos confinamentos em várias regiões. A capital colombiana está em lockdown parcial, e não é possível sair de casa nos fins de semana. Durante a semana, há toque de recolher.
A prefeita de centro-esquerda de Bogotá, Claudia López, afirmou que as UTIs da cidade estão em 91% de lotação e pediu à população que reforce as medidas de precaução. Há uma preocupação grande com relação a novos protestos previstos para as próximas semanas.
Além dos atos contrários ao aumento de impostos, há marchas sendo convocadas contra o fechamento do comércio em várias cidades, como Medellín. Empresários e comerciantes querem flexibilizações nas restrições impostas pela pandemia para que a economia continue funcionando.
*Com informações da Folhapress
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