Manaus, 27 de junho de 2024
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Manaus, 27 de junho de 2024

Cidades

Parintinense cria peças artísticas inspiradas no imaginário indígena e afro-amazônico

Ao todo, serão construídas 30 telas. Sendo elas sobre grafismo indígena, vestimenta de Caboclos, traços afro-brasileiros, povo de rua e o povo d’água.

Parintinense cria peças artísticas inspiradas no imaginário indígena e afro-amazônico

(Foto: Montagem/ Divulgação)

Manaus (AM) – A cultura amazônica é uma rica fonte do imaginário popular por meio de contos e lendas que são transmitidos de geração a geração. Pensando nisso, a artista parintinense Aline Ramos criou o projeto “TEAR- TEÇUME, ESCRIVIVÊNCIA, ANCESTRALIDADE E RESISTÊNCIA”, visando construir peças artísticas destacando a influência dos povos indígenas e afro-amazônicos.

O projeto tem incentivo da Lei Paulo Gustavo, por meio do Governo Federal, com apoio da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa (SEC).

Ao todo, serão construídas 30 telas. Sendo elas sobre grafismo indígena, vestimenta de Caboclos, traços afro-brasileiros, povo de rua e o povo d’água.

De acordo com Aline, o projeto surgiu como uma ideia de trazer a essência da arte antológica, enaltecendo as raízes da ancestralidade indígena.

(Foto: Divulgação)

“O projeto traz em sua essência a arte antológica, enaltecendo as raízes da ancestralidade, criatividade entrelaçada com a vivência e experiência da mulher proponente do projeto e do aspecto cultural ao qual pertence.

Gerando inclusão, valorização e exposição do artesanato expressado em forma de arte do diálogo com o imaginário caboclo e a riqueza dos traços afro-brasileiros”, disse.

Além disso, os trabalhos artísticos também destacam o empoderamento feminino na Amazônia.

“Este projeto visa resgatar ancestralidade e história dos povos indígenas, caboclos e afro-brasileiros, transmitindo assim através do teçume a riqueza das características dessa miscigenação. O artesanato passa a ser um protagonista nessa nova revolução econômica-social, ganhando força e sendo um motor da emancipação financeira da mulher amazônica”, conclui.

Acessibilidade

Trazendo para a cultura local, as características de adaptação das peças voltadas para as pessoas com deficiência visual, através das cores das contas e formatos, transmitindo assim, informações para o público alvo. Cada peça e textura carrega uma significância e representatividade afroamazônica.

Exposição

Nos dias 8 e 9 de abril, o projeto “TEAR- TEÇUME, ESCRIVIVÊNCIA, ANCESTRALIDADE E RESISTÊNCIA” ficará em exposição na Universidade do Estado do Amazonas (UEA) Campus Parintins, a partir das 18h.

Vale ressaltar que teçume é o nome de uma técnica de trançados de origem indígena, esta forma de artesanato tradicional da região, é passada de geração em geração e tem raízes na matriz indígena de etnia Mura.

Enquanto isso, o termo “escrevivência”, segundo Conceição Evaristo, traz a junção das palavras “escrever e vivência”.

(*) Com informações da assessoria

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