Mais de R$ 3,8 milhões dos cofres públicos do interior do Amazonas serão gastos em combustíveis e material gráfico para as prefeituras de Pauini, Tabatinga e, também, para a Câmara Municipal de Parintins. Os gastos foram publicados no Diário Oficial dos Municípios (DOM), nesta quarta-feira (24).
Em Pauini, o prefeito Renato Afonso (PSD) vai desembolsar R$ 2,2 milhões, o maior valor, para aquisição de combustíveis e derivados de petróleo. Entre os itens que constam no contrato estão: óleo diesel comum, biodiesel, gasolina comum e gás de cozinha de 13 kg.
Esse montante milionário será pago a três empresas diferentes: a Distribuidora Rio Purus, que receberá o maior valor, de R$ 1,2 milhões; a A. D. Evangelista dos Santos, que receberá R$ 725 mil; e a empresa Antônio Costa Bezerra, que vai faturar R$ 269,5 mil dos cofres públicos.
Outro órgão público do interior do Amazonas que vai gastar com combustíveis é a Câmara Municipal de Parintins, comandada pelo vereador Mateus Ferreira Assayag (PL). Ele pretende pagar R$ 358 mil para a empresa J. F. Comercio de Combustíveis. O objetivo da possível compra, segundo consta no despacho de homologação, é atender as necessidades da Casa Legislativa.
Só com gasolina, o vereador pretende desembolsar R$ 354,9 mil. Para óleo lubrificante 5W-30, deverá ser pago R$ 1,4 mil e para óleo lubrificante 15-40, R$ 2,2 mil.
Material gráfico
Já o prefeito Saul Bemerguy, de Tabatinga, pretende gastar R$ 1,2 milhão dos cofres públicos para serviço de “confecção de materiais, divulgação e impressão de material gráfico” para a prefeitura.
De acordo com a homologação da licitação, publicada no DOM, o valor será pago às empresas Silvana Gomes de Souza – ME e V. Nascimento Carvalho – ME. A primeira deve receber R$ 526,5 mil e a segunda, R$ 710,5 mil da Prefeitura de Tabatinga.
Resposta
A reportagem do Portal AM1 entrou em contato com o três gestores, para buscar mais detalhes sobre essas futuras compras. Porém, somente a assessoria do prefeito de Pauini, Renato Afonso, deu retorno aos questionamentos.
Na nota, o prefeito esclarece que o valor por litro de gasolina vendido na cidade supera R$ 7,00, o que, segundo ele, compromete de forma significativa o total geral dos gastos. Além disso, a compra deve atender, por seis meses, veículos leves, utilitários, barcos tipo voadeira, equipamentos e outros. Por dia, poderão ser utilizados 660 litros de combustível.
Segundo o gestor, esclareceu, ainda, que Pauini enfrenta danos causados pelas cheias dos rios e para o deslocamento das equipes do órgão, a fim de auxiliar pessoas afetadas, inclusive nas comunidades ribeirinhas, é necessário viagens de voadeiras ou outros tipos de pequenas embarcações que consomem, em média, mais de 300 (trezentos) litros de combustível.
“Essa é apenas uma amostra da realidade enfrentada pela gestão, que precisa dispor desse insumo para atender programas e viabilizar benefícios às populações mais vulneráveis, ressaltando que a quantidade estimada de combustível equivale a uma média de 660 litros, diários e o consumo se faz necessário, pois há a necessidade de atender todo o território de Pauini e todas as comunidades, notadamente, as comunidades ribeirinhas que se encontram passando por dificuldades em razão da enchente dos rios da nossa região”, diz trecho da nota.
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