Manaus, 25 de abril de 2024
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Política

Esquerda pede cassação de Eduardo Bolsonaro por ironizar tortura de Miriam Leitão

O deputado ironizou a tortura sofrida pela jornalista durante o período da ditadura militar no Brasil

Esquerda pede cassação de Eduardo Bolsonaro por ironizar tortura de Miriam Leitão

Foto: Reprodução

Brasília, DF – O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados recebeu um pedido de cassação do mandato do deputado Eduardo Bolsonaro (PL), nesta segunda-feira (4). O pedido foi apresentado pelos partidos PSOL e Rede após uma publicação do filho do presidente Jair Bolsonaro (PL), que debochou da tortura sofrida pela jornalista Miriam Leitão durante a ditadura militar.

Em uma publicação feita nesse domingo (3), Eduardo Bolsonaro publicou uma resposta a um artigo compartilhado pela jornalista. Na matéria, Leitão afirma que Bolsonaro é um inimigo confesso da democracia, além de comentar as declarações feitas pelo presidente às instituições democráticas.

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Em resposta, o deputado escreveu “ainda com pena da [e acrescentou um emoji de cobra]”. Após o comentário, a mensagem do deputado foi repudiada por alguns partidos políticos de esquerda.

“O parlamentar representado deixa mais uma vez evidenciado o seu caráter misógino e machista. A violência política é calcada no menosprezo, discriminação e inferiorização do feminino, e objetiva impedir, anular ou obstaculizar o exercício dos direitos políticos ou profissional das mulheres, comprometendo a participação igualitária em diversas instâncias da sociedade”, diz um trecho do documento.

O PT e o PCdoB também repudiaram a declaração e informaram que vão acionar o Conselho de Ética. No entanto, o Conselho de Ética da Câmara está sem funcionar desde novembro do ano passado. Ainda não há data para análise do tema.

A jornalista Miriam Leitão foi presa e torturada no período da ditadura militar no Brasil. Na época, Miriam Leitão estava grávida. Em uma das sessões de tortura, ela foi deixada nua em uma sala escura com uma cobra.