Manaus, 25 de abril de 2024
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Economia

Paulo Guedes diz que não pediu demissão: ‘muito barulho’

Coletiva foi feita após debandada da pasta da Economia, após Paulo Guedes falar em ultrapassar o teto

Paulo Guedes diz que não pediu demissão: ‘muito barulho’

Foto: Reprodução / TV Brasil

BRASÍLIA, DF – O ministro da Economia, Paulo Guedes, negou que tenha pedido demissão do cargo ao presidente Jair Messias Bolsonaro (sem partido). A fala do ministro foi feita na tarde desta sexta-feira (22), durante coletiva de imprensa. Bolsonaro estava ao lado de Guedes.

A fim de desmentir qualquer tratativa de saída da pasta, Guedes disse que é coisa da política, que fez burburinho enquanto ele estava fora do país e negou qualquer pedido de demissão.

“Eu queria dizer que teve muito barulho, esse barulho é falta de comunicação. Houve, de certa forma, uma pressão. Seria melhor isso acontecer mais organizadamente? Sim! Seria melhor isso acontecer organizadamente? Sim! Seria melhor que a equipe da economia já tivesse conseguido acertar as coisas um pouco antes? Sim! Seria melhor, enquanto eu estou fora, que a ala política pressionar pelo recurso? Sim!”, disse Guedes sobre os últimos acontecimentos na pasta com a saída dos secretários da pasta.

Para o ministro, o benefício de R$ 400, embora temporário, é necessário pois vai atender às famílias mais pobres, afetadas pela inflação. Segundo ele, o governo deve pedir um perdão temporário do teto de gastos para permitir o pagamento do programa.

“Como nós queremos essa camada de proteção para os mais frágeis, nós pediríamos que isso viesse como um waiver, para atenuar o impacto socioeconômico da pandemia. Estamos ainda finalizando, vendo se conseguimos compatibilizar isso”, declarou Guedes. Apenas perto do fim do evento, ele informou que esse waiver teria “um número limitado, de pouco mais de R$ 30 bilhões”.

Leia mais: Bolsonaro garante que nada tira Paulo Guedes do governo

Sem aventura

Sobre o Auxílio Brasil, o presidente disse que não vai fazer “aventura” com o valor do repasse, uma vez que não que colocar em risco à economia brasileira.

“Esse valor decidido por nós tem responsabilidade. Não faremos nenhuma aventura, não queremos colocar em risco nada no tocante à economia”, disse Bolsonaro. “Nós vamos reduzir o ritmo do ajuste. Que seja um déficit de 1% [do PIB], não faz mal. Preferimos tirar oito no fiscal e atender os mais frágeis. O arcabouço fiscal continua. Eu seguro isso”, disse.

Além disso, Bolsonaro falou também falou no “Auxílio Caminhoneiro”, mas não falou de onde será retirado o dinheiro para o pagamento da classe.

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