Manaus, 1 de maio de 2024
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Brasil

PF suspeita que relógio dado a Bolsonaro foi vendido por US$ 68 mil

Rolex teria sido vendido nos Estados Unidos e recomprado para ser entregue ao TCU. Operação cumpriu buscas contra Cid, pai dele e Wassef.

PF suspeita que relógio dado a Bolsonaro foi vendido por US$ 68 mil

(Foto: Alan Santos / PR)

Brasília (DF) – A Polícia Federal (PF) suspeita que o Rolex identificado na CPI dos atos golpistas foi vendido por 68 mil dólares pelo general Mauro César Lourena Cid. E, depois, foi recomprado para ser apresentado ao Tribunal de Contas da União (TCU). O relógio de luxo foi um presente da Arábia Saudita ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Quatro pessoas foram alvos de mandados de busca e apreensão nesta sexta-feira (11), numa operação da PF sobre o caso das joias e presentes enviados por delegações estrangeiras ao ex-presidente.

Segundo as investigações, os itens eram comercializados nos Estados Unidos. A polícia suspeita que o ex-advogado da família Bolsonaro, Frederick Wassef, participava dessas negociações.

Foram alvos das buscas o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Barbosa Cid; o pai dele, o general Mauro César Lourena Cid; o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o tenente Osmar Crivelatti; e o advogado Frederick Wassef.

A ação tem relação com presentes recebidos no exterior pelo Estado brasileiro e depois comercializados para lucro próprio. Policiais federais realizam as buscas na casa do general em Niterói, no Rio de Janeiro, e em Brasília. Há também uma busca em São Paulo. A operação foi autorizada pelo ministro do STF Alexandre de Moraes.

A Operação Lucas 12:2 investiga atuação de associação criminosa de peculato e lavagem de dinheiro. Segundo a corporação, os investigados utilizariam “a estrutura do Estado brasileiro para desviar bens de alto valor patrimonial, entregues por autoridades estrangeiras em missões oficiais a representantes do Estado brasileiro, por meio da venda desses itens no exterior”.

Depois da venda, o dinheiro em espécie entraria no patrimônio pessoal dos suspeitos por meio de terceiros, sem que bancos ou instituições financeiras formais fossem acionadas. Assim, origem, localização e propriedade dos valores eram escondidos.

(*) Com informações do Metrópoles

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