Manaus, 4 de maio de 2024
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Brasil

Pirataria de streaming é foco de combate da Anatel

A agência realiza operações para deter o comércio de dispositivos clandestinos e proteger a segurança digital dos usuários.

Pirataria de streaming é foco de combate da Anatel

(Foto: Divulgação)

Na conhecida região de comércio eletrônico de Santa Efigênia, em São Paulo, uma questão presente é discutida: a disseminação de produtos eletrônicos pirateados.

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) vem combatendo a pirataria ao longo dos anos, mas uma investigação realizada pela CNN mostrou a habilidade de comercializar esses tipos de produtos.

A investigação revelou a comercialização de dispositivos capazes de decodificar canais de streaming e de TV por assinatura, sem os devidos pagamentos.

“Com um desses aparelhos, dependendo do modelo escolhido, é possível desfrutar de serviços por até cinco anos sem mensalidades. Você terá acesso à Netflix, Globoplay, Amazon… e ainda canais premium, esportivos e para adultos”, ofereceu um vendedor ambulante.

Esses dispositivos são conhecidos como “TV boxes”. Alguns são legalizados e aprovados pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), possuindo um selo de aprovação visível na embalagem.

No entanto, muitos dos produtos vendidos livremente na região central de São Paulo são ilegais e não homologados.

Desde fevereiro, as medidas de combate a essa prática de “gatonet” têm sido intensificadas. Moisés Moreira, vice-presidente da Anatel, relatou 22 operações de bloqueio e a apreensão de mais de 1,4 milhão de dispositivos clandestinos, avaliados em mais de R$ 400 milhões, durante as fiscalizações.

Em apenas um dia de operação, meio milhão de acessos clandestinos foram neutralizados, incluindo o bloqueio de cabos submarinos de conexão internacional.

“O bloqueio de endereços de IP desencoraja os usuários desse serviço ilegal, já que eles percebem que não conseguirão acessar os canais que contrataram. Apesar do preço mais baixo, essa interrupção acaba desestimulando o uso desses serviços”, explicou Moisés.

A Anatel também estabeleceu parcerias com 184 provedoras de serviços para bloquear os sinais clandestinos. Além disso, um laboratório está sendo montado em conjunto com a Associação Brasileira de TV por Assinatura (ABTA) na sede da Agência, em Brasília, com o objetivo de estudar os TV boxes.

A Anatel destaca que o uso desses dispositivos clandestinos não apenas é ilegal, mas também representa riscos para as redes e a segurança dos usuários.

“Quando esses dispositivos se conectam à internet em sua casa para descriptografar os canais, eles também podem roubar dados de qualquer aparelho conectado à mesma rede. Isso significa que, se seu celular estiver conectado ao Wi-Fi, suas senhas bancárias e outras informações pessoais podem ser comprometidas”, alertou o vice-presidente da Anatel.

(*) Com informações da CNN

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