
Motoristas ilhados na BR-319 - Foto: (Reprodução/ Ascom Plínio Valério)
Manaus (AM) – Não bastasse as dificuldades enfrentadas com lama e buraco na BR 319, mais caos, desespero e humilhação. Famílias inteiras, produtores rurais, caminhoneiros com carga viva e doentes são alguns dos amazonenses que ficaram ilhados com o esfarelamento do aterro improvisado ao lado da reconstrução da Ponte do Rio Curuçá que desabou provocando mortes há três anos.
O senador Plínio Valério ( PSDB-AM) vêm recebendo dezenas de vídeos com pedidos de socorro para resolver o caos com dezenas de quilômetros de engarrafamento no Km 23 da BR 319, uma rodovia federal em estado muito precário devido ao veto de órgãos ambientais ligados a ministra do Meio Ambiente Marina Silva contra a pavimentação da única ligação de Manaus ao resto do País.
“Infelizmente esse é mais um drama para mostrar aos brasileiros o caos e a humilhação que os amazonenses enfrentam no deslocamento de Manaus para outros municípios e acessar o Brasil. Para fazer bonito com os patrocinadores estrangeiros bilhões estão sendo gastos para sangrar mata virgem e construir rodovias com 6 pistas de acesso a Belém na COP 30, praticando todo tipo de crime ambiental, sob o silêncio criminoso da ministra Marina. E pensar que a 319 é uma BR federal. Aqui, em mais essa tragédia, motoristas estão improvisando acesso com tábuas arriscando suas vidas,” protestou Plínio Valério.
O parlamentar diz que os flagelo sem fim na BR 319, agora piorado com o caos no KM 23, mostra a necessidade de continuar cobrando uma solução definitiva para a estrada.
Um dos motoristas que ficaram ilhados passando fome à espera do fim da interdição anunciada pelo Dnit, relatou ao senador as dificuldades de conclusão da ponte por falta de equipe.
“Meu senador é muita irresponsabilidade por parte desse pessoal aqui do Dnit . Não tem uma estrutura sólida que possa compactar a área devido a correnteza e a quantidade de funcionários na preparação da ponte. Só tem quatro soldadores. Tem que ter uma cobrança. Uma andorinha só não faz verão”, relatou um dos moradores da região do Careiro.
Uma das presas no engarrafamento, Edileusa Menezes, produtora rural, relatou seu drama ao site Metrópoles:
“Nós ficamos aqui na fila até umas 10 horas sem satisfação nenhuma. A BR-319 é esquecida, o Amazonas é esquecido. Estou só com água. Aqui não tem o que vender, o que comprar”.
Os motoristas com carga viva como gado e outros animais também relatam que tem gente ilhada há 3 ou quatro dias sem suporte de banheiros químicos ou fornecimento de água e alimentos.
(*) Com informações da assessoria
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