Manaus, 17 de abril de 2024
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Cenário

Plínio critica ONGs que atuam na Amazônia: ‘vamos separar o joio do trigo’

O senador defendeu que as ONGs que atuam na Amazônia sejam investigadas para identificar aquelas que se utilizam da pauta ambiental para obter lucros

Plínio critica ONGs que atuam na Amazônia: ‘vamos separar o joio do trigo’

Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

Manaus – O senador Plínio Valério (PSDB) fez duras críticas às Organizações Não Governamentais (ONGs) que atuam na Amazônia em atividades supostamente ilegais e criminosas na região. Nas redes sociais, nesta segunda-feira (5), o parlamentar resgatou um pronunciamento feito por ele no Senado, em dezembro de 2019, no qual apresenta a proposta de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as instituições.

Na legenda do vídeo, ele afirma que o objetivo da apuração não estigmatizar as ONGs, mas identificar aquelas que se utilizam da pauta ambiental para obter lucros e verbas públicas.

“Vou defender até o fim que essas ONGs que atuam na Amazônia sejam investigadas. O objetivo da CPI que apresentei no Senado não é estigmatizar nem demonizar ONG alguma, mas simplesmente desmascarar as que utilizam o apelo sentimental da Amazônia para ganhar dinheiro e querer se apoderar das nossas riquezas. Vamos separar o joio do trigo. A Amazônia é nossa!”, escreveu.

Já no pronunciamento, feito em 4 de dezembro de 2019, o senador disse que as ONGs “boas” não deveriam se preocupar e que as instituições “ruins” serão separadas das demais.

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“Vamos investigar as ONGs que prestam desserviço à nação, que colocam em risco a soberania da nação. E a ONG que for ruim e a ONG que for feia, será dito: o joio será separado do trigo. As ONGs boas não têm nada a temer, porque nós não vamos demonizar, nós não vamos estigmatizar nada. Mas nós vamos dizer a este pessoal, que nós não toleramos ingerência na nossa casa”, disse.

“Quem manda na nossa casa somos nós, nós brasileiros é quem temos que tomar conta da Amazônia. Você brasileiro tem que conhecer a Amazônia, conhecer para gostar, para amar e para defender. Tenho consciência de que eu sou senador da República do Brasil, mas que estou aqui, acima de tudo, para gritar, para ecoar aquele grito do homem amazônico lá, que está abandonado, que não pode pegar dois pirarucus e vender um, que não pode matar uma paca e uma cutia para comer porque vai preso”, continua.

Tramitação

De acordo com o senador Plínio Valério, a CPI já foi aprovada pelo Senado, só faltando o presidente pedir para os líderes partidários indicarem os membros da comissão.