Manaus, 3 de julho de 2025
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Cidades

PM é condenado a 28 anos por morte de adolescente em Manaus

O jovem Hering jogava futebol quando foi atingido com um tiro nas costas. O policial ainda tentou forjar a cena do crime.

PM é condenado a 28 anos por morte de adolescente em Manaus

(Foto: Raphael Alves e Reprodução das redes sociais)

Manaus (AM) – A Justiça condenou, nesta quinta-feira (25), o Policial Militar Erivelton de Oliveira Hermes a 28 anos e seis meses de prisão em regime fechado e à perda do cargo público pela morte de Hering Silva Oliveira, de 15 anos, crime que aconteceu durante uma ação policial, no dia 25 de outubro de 2018, na Mini Vila Olímpica, do bairro Santo Antônio, zona oeste de Manaus.

Conforme apontam as investigações, Hermes e mais outros dois policiais, Marcelino Brito de Freitas e Ivanildo Rosas de Oliveira, teriam forjado a cena do crime, colocando um revólver em posse do adolescente. Os dois PMs foram absolvidos.

No dia do crime, o Ministério Público do Estado do Amazonas (MPE-AM) assegura, que o jovem Hering jogava futebol quando foi atingido com um tiro nas costas, que lhe tirou a vida. Ao perceber o ocorrido, o policial tentou forjar a cena do crime, e colocou a arma na mão do adolescente. Mas, o exame residuográfico não encontrou resíduos de chumbo nas mãos do adolescente morto.

Com cartazes nas mãos, familiares de Hering fizeram um pequeno ato de pedido de justiça. Eles afirmam que os policiais já chegaram atirando, não dando chance do adolescente se defender. Mesmo ferido, ele tentou deixar o local, pulou o muro da Mini Vila Olímpica, percorreu alguns metros, mas caiu e morreu antes de receber socorro médico.

As imagens e áudios obtidos das viaturas policiais auxiliaram na elucidação do caso, e fechamento da investigação, que concluiu a culpabilidade do PM.

Na sentença, o juiz de direito Saulo Góes Pinto sentenciou Erivelton a 24 anos de reclusão pelo porte ilegal de armas; quatro anos e seis meses por delito gravíssimo de homicídio consumado praticado por ele; dois anos e quatro meses de detenção por fraude processual e a perda do cargo público.

Ivanildo Rosas de Oliveira e Marcelino Brito de Freitas foram denunciados e pronunciados por fraude processual e porte ilegal de arma de fogo.

Já o outro réu, José Américo Freire Nerys, morreu no decorrer da instrução e a pena foi extinta.

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