Polícia Civil decide não se manifestar sobre agressão a vigilante no 28 de Agosto

Manaus (AM) – A agressão a um vigilante, uma mulher e um homem em frente ao Hospital e Pronto-Socorro (HPS) 28 de Agosto, no bairro Adrianópolis, zona Centro-Sul de Manaus, na noite do último domingo (27), ainda não teve, até esta quarta-feira (30), o desfecho – por parte da Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) – divulgado à sociedade e à imprensa.

Desde a última terça-feira (29), o Portal AM1 tenta apurar, junto à assessoria da PC-AM, quais ações a Polícia Judiciária do Amazonas adotou em relação ao caso.

A assessoria da instituição de segurança se limita a dizer que o Portal AM1 deve procurar a Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas (SES-AM) para obter informações sobre o caso. Veja:

(Foto: Reprodução)

Mas, o Portal AM1 busca saber quais ações foram adotados pela polícia e não pela SES-AM, essa, por sua vez, já divulgou um posicionamento oficial no dia seguinte à confusão (28), em que diz que solicitou, junto à empresa de segurança privada, a troca do vigilante envolvido no episódio que o órgão trata como “incidente” e informou que todos os envolvidos no caso foram levados para o 1º Distrito Integrado de Polícia (DIP), central de flagrantes da região, situada no bairro Praça 14 de Janeiro, zona Centro-Sul de Manaus.

Veja a nota da SES-AM na íntegra:

Sobre os procedimentos adotados na unidade policial, como, por exemplo, prisão, indiciamento ou assinatura de Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO), a assessoria da Polícia Civil do Amazonas prefere não se pronunciar a respeito.

Qual seria o objetivo de negar tais informações diante de um caso que teve ampla repercussão na cidade?

É importante lembrar que o papel da assessoria de imprensa é atender à imprensa. Se as informações correm em segredo de Justiça, cabe ao órgão ou o setor de comunicação informar. Mas, negar informações é omitir.

A imprensa e qualquer cidadão podem solicitar informações sobre a administração pública, incluindo as ações adotadas pela Polícia Judiciária, desde que essas ações não corram em segredo de Justiça. Isso está amparado pela Lei de Acesso à Informação: LEI Nº 12.527, DE 18 DE NOVEMBRO DE 2011.

A confusão

Vídeos gravados em frente ao HPS 28 de Agosto, na noite do o dia 27 deste mês, mostram uma mulher desferindo um tapa no rosto de um vigilante. Em reação à agressão, o vigilante adota a ação de ir para cima da mulher, mas uma terceira pessoa, desta vez um homem, frustra a tentativa de revanche contra a mulher e passa a trocar socos com o vigilante.

Enquanto tudo é filmado, um policial militar tenta acalmar os ânimos, mas a confusão fica fora de controle e um segundo vigilante chegar a sacar uma arma e apontar em direção a um dos envolvidos na confusão.

Vídeos da confusão:

Um segurança particular e uma mulher trocaram socos e murros na porta que dá acesso ao Hospital e Pronto Socorro 28 de Agosto. pic.twitter.com/29adMQELWE

— Portal AM1 (@PortalAmazonas1) August 28, 2023

Inicialmente, viralizou na internet uma versão, não oficial, sobre o episódio. A narrativa dava conta de que a mulher que agrediu o vigilante – com um tapa no rosto – seria familiar de algum paciente na unidade de saúde.

Nesta quarta (30), o Portal AM1 teve acesso a uma outra versão narrada pelos próprios funcionários da unidade de saúde. Desta vez, a versão é a de que o vigilante que levou o tapa na cara teria se desentendido, dias antes, com um outro colega de trabalho, que seria familiar da mulher que foi até o 28 de Agosto tomar satisfações.

Em meio à agressão, o vigilante ainda teria sido ameaçado de morte pela família do colega.

Diante da negativa da assessoria da Polícia Civil do Amazonas em passar informações referentes ao procedimento jurídico adotado em meio ao episódio, o Portal AM1 enviou uma equipe até o 1º DIP.

No local, a reportagem conseguiu apurar que o caso, apesar de ter sido registrado lá, passará a ser investigado pelo 22º DIP, unidade policial responsável pela área em que está localizado o HPS 28 de Agosto.

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