Manaus, 9 de maio de 2024
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Manaus, 9 de maio de 2024

Mundo

Polícia venezuelana reprime marcha dos aposentados em Caracas

Aposentados venezuelanos e a polícia antimotim entraram em confronto durante um protesto contra o presidente Nicolás Maduro. Os agentes usaram gás lacrimogêneo várias vezes para controlar os manifestantes, que davam socos e gritavam palavras de ordem contra o presidente. Os participantes da marcha tentavam chegar a uma praça de Caracas.

 

Desde o início dos protestos contra Maduro no início de abril, a oposição venezuelana tem usado diferentes táticas nas manifestações, convocando marchas silenciosas e iluminadas por velas, por exemplo, e comícios para mulheres, músicos e médicos.

A cada manifestação da oposição, o Partido Socialista organizou a sua própria marcha. Nesta sexta-feira, os chavistas também realizaram uma manifestação com aposentados ao lado do Palácio Presidencial de Miraflores.

 

De acordo com a procuradoria venezuelana, ao menos 39 pessoas morreram durante os protestos, que também deixaram centenas de feridos. Já a ONG Observatório de Conflito Social contabiliza 46 mortes.

 

Classificando Maduro de ditador, os opositores exigem eleições, ajuda humanitária, libertação de ativistas e autonomia para a Assembleia Nacional — controlada pela oposição.

 

Maduro, um ex-motorista de ônibus de 54 anos e sucessor de Hugo Chávez, alega que seus opositores planejam um golpe contra o seu governo com o apoio dos EUA e o encorajamento da mídia internacional.

 

Os opositores também repudiam a convocação de Maduro para uma Assembleia Constituinte popular, por considerar que com isso busca uma “Constituição à sua medida para se perpetuar no poder”.

 

As passeatas têm como combustível o mal-estar popular gerado pela crise econômica, que atinge o país petroleiro, com uma severa escassez de alimentos e medicamentos e uma inflação que é a mais alta do mundo.

 

A tensão aumentou esta semana com o julgamento de civis em tribunais militares, o que a oposição denunciou como uma manobra do governo para “criminalizar” e “desativar” os protestos. O governo ainda não se pronuncia sobre estes processos.

 

Segundo o diretor da ONG Fórum Penal, Alfredo Romero, 73 pessoas foram detidas, acusadas de rebelião por tribunais militares, sobretudo no estado de Carabobo (Noroeste).

 

Fonte: O Globo/ Com Agências Internacionais