Manaus, 23 de abril de 2024
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Manaus, 23 de abril de 2024

Cidades

Comando Vermelho tem 30 mil ‘soldados’ com braços no Acre e Amazonas

A organização é a maior facção do tráfico do Rio. Por conta disso, ela virou alvo de preocupação do governo Bolsonaro

Comando Vermelho tem 30 mil ‘soldados’ com braços no Acre e Amazonas

(Márcio Silva/Amazonas1)

A facção criminosa Comando Vermelho (CV) já possui um exército de 30 mil faccionados com braços no Acre e no Amazonas. A estimativa consta em um relatório de inteligência do governo do presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido), segundo matéria da coluna Radar, na revista Veja, publicada neste sábado (22).

De acordo com a publicação, o relatório diz que o Comando Vermelho abriga no Rio de Janeiro “mercenários da África e Europa Oriental” com experiência militar para treinar e armar a facção criminosa.

“Enquanto o STF conduz a política de segurança pública no Rio, o crime vai aumentando o efetivo e se especializando. Com seus braços no Norte, ele controla a cadeia da droga no Brasil. É uma Farc em criação, que pode sair do controle do Estado”, diz um trecho da matéria atribuída a uma fonte do governo.

Além dos 30 mil “soldados”, a estimativa do relatório de inteligência é que o arsenal de armas da organização chegue a 5 mil fuzis. Por conta disso, o CV teria virado alvo de preocupação do governo Bolsonaro.

Guerra 

No Amazonas, o CV – que é a maior facção do tráfico da capital fluminense  – trava uma briga sangrenta com a rival Família Do Norte (FDN) pela disputa dos pontos de drogas em Manaus, e o campo de batalha é o bairro da Compensa, na zona Oeste da capital.

Matéria feita pelo Portal AM1, mostrou que de janeiro a agosto deste ano, o confronto entre os membros dessas organizações criminosas já deixou, pelo menos, 58 pessoas mortas no quarto bairro mais populoso da capital do Estado.

Segundo a publicação, enquanto o CV tenta o controle total do bairro Compensa, com resistência forte dos fiéis do narcotraficante “Zé Roberto da Compensa”, preso em um sistema de segurança máxima, o Primeiro Comando da Capital (PCC), com base em São Paulo também comprou a briga.

E nesse cenário de tensão, os moradores são testemunhas de muitas vidas perdidas, quase que diariamente, pela competição por território na região.

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