A guerra do tráfico em Manaus pode estar entrando em um novo capítulo. Informações de dentro da Polícia Militar (PM) apontam que os fundadores da facção Família do Norte (FDN), no Amazonas, João Pinto Carioca, o “João Branco” e José Roberto Fernandes, o “Zé Roberto da Compensa”, romperam. João Branco deixou a FDN para integrar a facção rival Comando Vermelho (CV), do Rio de Janeiro.
O rompimento da dupla é apontado como a causa do motim ocorrido no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), na BR-174, neste domingo, 26, que deixou 15 presos mortos. Segundo policiais militares, que não quiseram ter o nome divulgado, Zé Roberto não aceitou entregar parte do comando da FDN para João Branco, o que motivou a saída do traficante da facção e o novo massacre no Compaj.
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João Branco e Zé Roberto foram os primeiros líderes da FDN, que iniciou em 2004, no bairro Compensa, zona Oeste de Manaus. Deste ano para cá, eles transformaram a organização criminosa na maior do Norte do país e a terceira em nível nacional. Procurada, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) não se posicionou sobre o rompimento entre os lideres do tráfico.
Nos dois últimos cinco anos, o Comando Vermelho chegou a Manaus e passou a buscar o domínio da venda de drogas em todo o Amazonas. A guerra entre traficantes por território já gerou a morte de mais de 200 pessoas de janeiro de 2018 a abril deste ano, na capital e interior do Estado, segundo informações da SSP.
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