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Política

Deputada Joice Hasselmann chama médicos cubanos de ditadores

Joice Hasselmann foi a deputada federal mais votada na história e é casada com o conceituado neurocirurgião Daniel França

Deputada Joice Hasselmann chama médicos cubanos de ditadores

Joice Hasselmann e Jair Bolsonaro

A deputada federal mais votada na história do País, Joice Hasselmann (PSL-SP), em suas redes sociais, elogiou a saída de médicos cubanos, que fazem parte do programa Mais Médicos, do Brasil. De acordo com a deputada, o dinheiro dos brasileiros não será mais usado para financiar ‘ditadores’.

Joice Hasselmann e Jair Bolsonaro

Mencionando o presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), Hasselmann aproveitou o momento para pedir que a criação do programa ‘Mais Médicos Brasileiros’. A jornalista é casada com o conceituado neurocirurgião Daniel França, desde 2016.

”Cuba resolveu deixar o Programa Mais Médicos. QUE ÓTIMA NOTÍCIA!!! Agora, o presidente @jairbolsonaro pode colocar pra andar uma das minhas ideias: o MAIS MÉDICOS BRASILEIROS. Numa tacada só, paramos de financiar a ditadura, valorizamos nossos médicos e cuidamos do NOSSO povo. Show”, disse Hasselmann.

Joice Hasselmann ficou conhecida durante a época em que trabalhava Veja, fazendo críticas pesadas ao Partido dos Trabalhadores.

No seu Facebook, a deputada compartilhou uma foto com uma postagem de Bolsonaro e, na legenda, afirmou que brasileiros não irão mais dar dinheiro para financiar ditadores.

‘O DINHEIRO DOS BRASILEIROS NÃO SERÁ MAIS USADO PARA FINANCIAR DITADORES! O governo cubano não aceitou as novas condições: exigência da aprovação no exame REVALIDA (como é para qualquer pessoa formada fora do Brasil); pagamento do salário diretamente ao médico (o governo fica com boa parte); o direito de trazer sua família se assim desejar.”

O DINHEIRO DOS BRASILEIROS NÃO SERÁ MAIS USADO PARA FINANCIAR DITADORES! O governo cubano não aceitou as novas…

Publicado por Joice Hasselmann em Quarta-feira, 14 de novembro de 2018

Não é a primeira vez que a deputada faz críticas aos médicos cubanos. Durante a campanha eleitoral, Halssemann já havia feito críticas ao programa e sugeriu um programa com médicos brasileiros e com plano de carreira.

https://twitter.com/joicehasselmann/status/1047820010490679296

MAIS MÉDICOS

O programa Mais Médicos foi criado 2013, no governo de Dilma Rousseff (PT). Com o intuito de contratar profissionais para atuar em postos de saúde de municípios brasileiros e localidades onde faltam médicos, o programa inclui ações de expansão do número de vagas de cursos de graduação, especialização e residência médica, além de melhoria de infraestrutura da saúde, conforme informações do Ministério da Saúde.

NÃO É FORMADO APENAS POR CUBANOS

No programa Mais Médicos, existe uma ordem na escolha dos profissionais. No entanto, a prioridade é para aqueles com registro no País.

Isso inclui médicos brasileiros formados no Brasil, mas também estrangeiros formados no País e brasileiros ou estrangeiros formados fora do Brasil, que tiveram seus diplomas revalidados pelo governo brasileiro.

Se ainda restarem vagas, a oferta é liberada para médicos brasileiros formados no exterior que não tiveram o diploma revalidado.

Não sendo preenchidas as vagas, podem ser chamados médicos estrangeiros formados no exterior e sem diploma revalidado no Brasil. Por fim, se todas essas categorias não completarem o número de vagas oferecidas, são chamados os médicos cubanos.

O programa tem o total de 18.240 vagas distribuídas em cerca de 4.000 municípios. Destas vagas, cerca de 8.500 (aproximadamente 47%) são ocupadas por médicos cubanos. Eles trabalham em 2.885 cidades, sendo que 1.575 municípios só possuem cubanos no programa (80% desses locais têm menos de 20 mil habitantes).
São 300 os médicos de Cuba que atuam em aldeias indígenas, o que corresponde a 75% do total que atende essa população. Outras 4.721 (25,8%) vagas são ocupadas por brasileiros formados no Brasil e 3.430  (18,8%) por intercambistas (médicos brasileiros formados no exterior ou de outras nacionalidades). Há, ainda, outras 1.533 vagas que não foram ocupadas.